O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, divulgou uma nota oficial nesta quinta-feira (6) em que ele defende os gastos com dinheiro público para contratar seguranças para os ministros da Corte.
A nota foi publicada depois da repercussão de uma matéria jornalística que expôs a viagem de Dias Toffoli à Inglaterra para assistir ao jogo da final da Champions League em um camarote bancado por um empresário. As diárias pagas ao segurança somaram quase R$ 40 mil.
Em sua manifestação, divulgada no site oficial do Supremo, Barroso afirma que essas despesas são justificadas por conta de “agressividade e hostilidade” que, segundo o presidente do STF, são fomentadas contra autoridades públicas no Brasil.
“Até pouco tempo atrás, os ministros do Supremo Tribunal Federal circulavam em agendas pessoais e até institucionais inteiramente sós. Infelizmente, nos últimos anos, fomentou-se um tipo de agressividade e de hostilidade que passaram a exigir o reforço da segurança em todas as situações. As autoridades públicas de todos os poderes circulam com esse tipo de proteção seja em eventos privados, seja em eventos públicos. Porque, evidentemente, a agressão ou o atentado contra uma autoridade, em agenda particular ou não, é gravosa para a institucionalidade do país”, afirma a íntegra do comunicado.
Antes dessa polêmica com Toffoli, a imprensa também havia divulgado o gasto de quase R$ 100 mil para seguranças acompanharem viagens à Europa dos ministros, segundo dados do Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi), o que também causou danos à imagem do Tribunal.