
Por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a Polícia Federal (PF) prendeu nesta terça-feira (21) o professor aposentado Jaime Junkes, condenado a 14 anos de prisão por envolvimento nos atos de 8 de janeiro. Ele foi encaminhado ao Centro Integrado de Triagem de Londrina, no Paraná.
A defesa do idoso, que tem 68 anos, sustenta que não há provas de que ele tenha cometido atos de vandalismo durante o protesto e que sua condenação ainda tem um recurso pendente de análise. Em petição protocolada em 26 de março, os advogados reforçaram que Junkes foi detido dentro do Palácio do Planalto e alegaram que ele enfrenta uma série de problemas de saúde.
“O requerente padece de miocardiopatia dilatada, diversos problemas no coração, hipotireoidismo, embolia pulmonar e sequelas da covid-19 longa”, informou a defesa nos autos. Além disso, os advogados relataram que Junkes tem câncer de próstata em estágio avançado e faz uso de uma sonda.
O professor estava em liberdade condicional desde 22 de novembro de 2023, quando Moraes concedeu a soltura na esteira da repercussão da morte do empresário Clézio Pereira, conhecido como Clezão, no Complexo Penitenciário da Papuda. Segundo os advogados, Junkes não descumpriu as medidas cautelares impostas pela Justiça desde então.
A certidão de prisão de Junkes foi emitida em 15 de maio, um dia após o portal UOL publicar uma reportagem que divulgou nomes de supostos fugitivos que teriam deixado o Brasil após violarem tornozeleiras eletrônicas.