Em entrevista na Cúpula pela Paz na Ucrânia, realizada na Suíça, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, criticou novamente os governos de Brasil e China.
O Brasil enviou apenas a embaixadora Claudia Fonseca ao evento e não assinou a declaração conjunta que apelava à segurança do trânsito nuclear e marítimo. A China, por sua vez, não enviou representantes porque a Rússia não foi convidada.
“Assim que Brasil e China adotarem os princípios que nos uniram hoje como nações civilizadas, teremos prazer de ouvir seus pontos de vista, mesmo que sejam diferentes da maioria do mundo”, afirmou Zelensky.
Além do Brasil, que participou como observador, países como Índia, México, Arábia Saudita, África do Sul e Emirados Árabes Unidos também se recusaram a assinar o documento. Essas nações mantêm fortes relações comerciais com a Rússia. Por outro lado, mais de 80 nações aceitaram o comunicado conjunto.
O presidente ucraniano considerou a cúpula “um sucesso”, destacando a importância da independência, da integridade territorial e da soberania.
Acordo Brasil-China
Em maio, os governos do Brasil e da China firmaram um acordo para buscar uma solução política e pacífica para o fim da guerra entre Rússia e Ucrânia.
“A China e o Brasil apoiam uma conferência internacional de paz realizada num momento adequado que seja reconhecida tanto pela Rússia como pela Ucrânia, com participação igualitária de todas as partes, bem como uma discussão justa de todos os planos de paz”, afirma o acordo.
Chineses e brasileiros também apoiam a troca de prisioneiros de guerra entre Ucrânia e Rússia e expressam oposição ao uso de armas de destruição em massa, especialmente nucleares, químicas e biológicas. Além disso, condenam ataques a centrais nucleares e outras instalações nucleares pacíficas.