O ditador Xi Jinping redobrou o compromisso de seu regime de impor maior controle do Estado às empresas chinesas do setor de tecnologia. Ele observou que seu objetivo é “prevenir a expansão irracional do capital” e “enfrentar o crescimento selvagem” das companhias. Além disso, disse que o Partido Comunista Chinês (PCC) redobrará a supervisão nessas empresas.
“A implementação de todos esses regulamentos antitruste é absolutamente necessária para melhorar a economia de mercado socialista e promover a prosperidade comum”, declarou Xi Jinping, na última segunda-feira (30), durante reunião de um comitê diretor do PCC.
No encontro, Xi enfatizou que o Estado deve “orientar e supervisionar as empresas” e implementar “regulamentos eficazes e normas precisas” com o objetivo de “servir os interesses gerais do desenvolvimento econômico”.
Nos últimos meses, os reguladores chineses voltaram suas atenções para as grandes empresas de tecnologia do país, com sanções para empresas como a gigante do comércio eletrônico Alibaba no valor de 18,2 bilhões de yuans (US$ 2,818 bilhões), a maior ‘multa antitruste’ já registrada.
A campanha afetou empresas de transporte, o setor de educação, o setor de videogames e, principalmente, o setor de fintech.
As autoridades investigaram empresas como Meituan e Didi (equivalente ao Uber) por supostos riscos à segurança de dados do usuário e bloquearam os planos da empresa de tecnologia Tencent de fundir as plataformas de streaming dos videogames Huya e Douyu para “evitar uma situação de monopólio”.
De acordo com o ditador comunista chinês, essas medidas visam “melhor proteger os direitos e interesses dos consumidores” e promover um sistema “com concorrência ordenada” para, em última instância, “alcançar um desenvolvimento de alta qualidade que atenda aos interesses gerais”.
Além disso, os órgãos legislativos chineses aprovaram neste mês uma lei estrita de privacidade – que entrará em vigor em 1º de novembro – que pode exigir a suspensão ou cancelamento de aplicativos que processam “ilegalmente” dados pessoais “confidenciais”, algo que pode afetar muito o digital.
Com informações, agência EFE.