Para a Hungria, o Estado de direito não é uma questão legal, mas uma questão de honra, declarou o primeiro-ministro Viktor Orbán, após as discussões da semana passada com seu colega finlandês.
“Sempre que alguém nos questiona sobre o Estado de direito na Hungria, está pisando em nossa honra e eu os aconselharia a pensar sobre isso com cuidado”, afirmou Orbán, durante uma conferência de imprensa em Budapest, junto ao Antti Rinne, atual primeiro-ministro da Finlândia.
Estado de Direito
O conceito de Estado de direito se refere ao poder de decisão dos governantes, ou seja, no Estado de direito, nenhuma ação ou decisão deve ir contra as leis que existem em um território.
Da mesma forma os cidadãos devem se submeter às leis como forma de viver em uma sociedade organizada, o poder do Estado também é submetido ao direito.
O limite de poder existe para garantir que o mais importante em um Estado seja a vontade e a garantia dos direitos dos cidadãos. É por esse motivo a lei não permite que os governantes tenham liberdade absoluta em suas decisões.
Respeito mútuo
O primeiro-ministro húngaro também observou que fortes relações internacionais não se baseiam em um país insultando outro, mas em respeito mútuo, e nenhum país deve lançar acusações infundadas contra outro, relatou o site About Hungary.
“Eu não recomendo que a Europa chegue ao ponto em que um primeiro-ministro ou um de seus funcionários visite outro país do bloco para lhes dar uma bronca na questão do Estado de direito, porque isso levará a muitas outras coisas, mas não à unidade europeia”, afirmou Orbán, se referindo às críticas do primeiro-ministro finlandês, durante a sua visita.
Discussões
Durante a conferência de imprensa, o primeiro-ministro Antti Rinne disse que ele e Orbán discutiram sobre as tarefas da presidência da UE na Finlândia, que incluem o alargamento do bloco, o Brexit e as questões orçamentárias da UE.
“Construir uma Europa melhor é a tarefa comum”, afirmou o primeiro-ministro do partido de esquerda SDP, Antti Rinne.
O primeiro-ministro finlandês também expressou que a observação dos princípios fundamentais da União Europeia e a adoção de medidas contra as mudanças climáticas precisam ser condições prévias para obter acesso ao financiamento do bloco.