Segundo informações do Le Figaro, Benjamin Netanyahu anunciou que um assentamento israelense nas colinas ocupadas de Golan levaria o nome do presidente dos EUA, Donald Trump, para agradecer o mesmo por reconhecer a soberania do Estado judeu sobre a parte do território sírio anexada por Israel.
Ao visitar a área com sua família por ocasião do feriado da Páscoa judaica, o primeiro-ministro israelense disse em uma mensagem em vídeo que em breve apresentará esta resolução ao governo. “Todos os israelenses ficaram profundamente comovidos quando o presidente Trump tomou a decisão histórica de reconhecer a soberania de Israel nas colinas de Golan”, disse ele.
O presidente dos EUA rompeu com o consenso internacional quando reconheceu, em 25 de março, a soberania de Israel sobre a área de Golan da Síria capturada durante a Guerra dos Seis Dias de 1967.
A decisão do presidente dos EUA veio apenas duas semanas antes das eleições israelenses, após as quais Netanyahu ganhou um quinto mandato. Desde que assumiu o cargo, Donald Trump adotou uma política de apoio infalível ao Estado judeu. Reconheceu unilateralmente Jerusalém como a capital de Israel, enquanto os palestinos querem fazer Jerusalém Oriental, ocupada e anexada pelo Estado judeu desde 1967, a capital do estado que eles aspiram.
Israel anexou 1.200 quilômetros quadrados do Golã em 1981, uma anexação que nunca foi reconhecida pela comunidade internacional. Cerca de 18.000 sírios pertencentes à comunidade drusa — a maioria dos quais se recusa a cidadania israelense — permanecem no Golan ocupado, onde cerca de 20.000 colonos israelenses se estabeleceram em 33 assentamentos.
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