O presidente americano Donald Trump prometeu prolongar o asilo de cristãos iraquianos que corriam risco de deportação nos Estados Unidos, devido às preocupações de que eles poderiam enfrentar perseguição ao voltar ao Oriente Médio.
Trump fez a promessa a uma comunidade de imigrantes caldeus católicos, durante seu discurso na última quinta-feira (6) em uma fábrica de autopeças em Warren, no estado americano de Michigan.
Centenas de imigrantes cristãos iraquianos vivem na área de Detroit.
“Vamos garantir que façamos tudo o que pudermos para manter as pessoas que são boas neste país fora de perigo. Quando eu voltar [a Washington], daremos a quem precisar uma prolongação para permanecer em nosso país”, disse Trump.
Trump explicou, durante suas declarações em Warren, que havia discutido a deportação de cristãos iraquianos com parlamentares republicanos de Michigan durante o voo de Washington.
Segundo a Reuters, cinco parlamentares republicanos de Michigan participaram do evento de Trump em Warren.
“[Os] congressistas estavam me dizendo no avião o quão difícil tem sido [para os cristãos iraquianos]. Tem sido um período muito difícil para muitos cristãos em todo o mundo. Então, nós iremos estendê-lo. Muitos no Michigan me pedem isso. Então, trabalharemos com isso quando voltarmos com seus grandes congressistas”, disse Trump.
Um dos parlamentares que viajou com Trump foi o republicano do Michigan, John Moolenaar.
Moolenaar, junto ao deputado democrata do Michigan, Andy Levin, apresentou um projeto de lei na Câmara dos Deputados dos EUA, no ano passado, que interromperia as deportações iraquianas.
O projeto foi apresentado meses antes da morte de Jimmy Aldaoud, 41 anos, um caldeu de 41 anos que vive nos EUA desde os 6 meses de idade, mas foi deportado no ano passado. Aldaoud, que morava na região de Detroit antes de sua deportação, teria sido incapaz de receber cuidados para tratar seu diabetes no Iraque.
Em um tweet após sua viagem no Air Force One com Trump, Moolenaar reiterou que a questão da deportação cristã iraquiana tem sido uma prioridade fundamental para seu estado.
“O Iraque não é um país seguro para os cristãos”, escreveu Moolenaar.