Na Áustria, o partido liberal de direita FPÖ retirou todos os seus ministros do governo em coalizão com o partido conservador ÖVP. Um porta-voz do FPÖ anunciou essa mudança, pouco depois do chanceler do ÖVP, Sebastian Kurz, ter dito que solicitaria a saída do Ministro do Interior, Herbert Kickl (FPÖ). O FPÖ supostamente não concordou com o pedido.
No sábado passado (18), Kurz, do partido conservador ÖVP, anunciou que findaria a cooperação entre seu partido e o FPÖ. Em setembro, haveriam novas eleições na Áustria, mas os ministros do FPÖ estão renunciando agora seus ministérios no governo.
Kurz comunicou que a intenção do FPÖ é prejudicar os planos de reforma no país.
Corrupção
A crise do governo começou com a renúncia do vice-chanceler Heinz-Christian Strache. Ele tomou essa decisão depois que um vídeo de 2017 veio à tona, no qual ele fala com uma investidora russa sobre contratos públicos, em troca de apoio à campanha eleitoral. Strache foi forçado a renunciar no sábado.
Heinz-Christian Strache apresentou o ministro dos Transportes, Norbert Hofer, como seu sucessor.
Investigação
Kurz já havia explicado em uma entrevista hoje que a investigação do vídeo com Strache será notificada pelo Ministro do Interior. Mas, de acordo com Kurz, Kickl não poderá liderar essa investigação, porque quando o vídeo foi feito, ele era o secretário-geral do FPÖ.
Equipe ministerial
Nos próximos meses, Kurz precisa formar um novo ministério de governo até as eleições. Além do chanceler Kurz e do vice-chanceler Strache, a equipe ministerial era composta de 4 ministros do FPÖ, 4 do ÖVP e 4 independentes.