O primeiro boletim eleitoral emitido pela Venezuela indica que mais de 95% dos eleitores que participaram do plebiscito realizado neste domingo (3) apoiam a ideia de anexar parte do território da vizinha Guiana. Não há provas nem transparência no país para testificar que os resultados são procedentes.
Sob uma ditadura de extrema-esquerda, o regime de Nicolás Maduro estabeleceu a suposta votação, que contraria determinações da Justiça Internacional (Tribunal de Haia). A ‘consulta’ popular teve por finalidade aferir o apoio dos venezuelanos à reinvindicação de Essequibo, área que corresponde a 2/3 do território da Guiana e é rica em petróleo.
O formulário estabelecido pela Venezuela continha cinco perguntas que induziam à revisão da demarcação dos territórios dos dois países.
Em manifestação, o presidente do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), Elvis Amoroso, informou que mais de 10,5 milhões de venezuelanos participaram do chamamento. Segundo ele, “uma vitória evidente e esmagadora do ‘Sim’ neste referendo consultivo para Essequibo”, alegou.
O presidente da Guiana, Irfaan Ali, classificou o referendo como ‘uma ameaça’ à paz na América Latina e no Caribe. “Estamos trabalhando incansavelmente para garantir que as nossas fronteiras permaneçam intactas e que a população e o nosso país permaneçam seguros”, disse ele numa transmissão nas redes sociais.