Acusado de traição, o jogador iraniano Amir Nasr-Azadani foi condenado à morte após ter participado de um protesto a favor dos direitos das mulheres no Irã.
O manifesto, que ocorreu depois da morte de Mahsa Amini, acabou com três policiais mortos. Além de Azadani, mais oito pessoas são acusadas da morte dos oficiais, que ocorreu no último dia 25 de novembro. Dois dias depois, o atleta foi preso.
A jovem Mahsa foi detida pela Polícia da Moralidade no Teerã no dia 13 de setembro. Com apenas 22 anos, passou a ser acusada de infringir o rígido código de vestimenta feminino ao deixar uma mecha do cabelo aparecer. Ela entrou em coma e faleceu três dias depois do ocorrido no hospital.
Em pronunciamento oficial, o Irã afirmou que a garota morreu devido a uma doença. A sua família, no entanto, alega que houve espancamento.
Ainda sobre o jogador do Irã, ele também é apontado pelo governo iraniano como “participante de um grupo armado que visa a atacar a República Islâmica do Irã”.
A Federação Internacional dos Jogadores Profissionais de Futebol (FIFPro) se manifestou nas redes sociais dizendo estar “chocada e enojada com noticiários de que Azadani pode ser executado no Irã depois de fazer campanha pelos direitos das mulheres e pela liberdade básica em seu país”. A entidade pediu “remoção imediata de sua punição”.
Nasr-Azadani tem 26 anos e nasceu em Isfahan. O atleta foi revelado pelo Rah Ahan SSC, por onde começou a atuar em 2015. No ano seguinte, elepassou a jogar no Tractor Club, onde permaneceu até 2019, quando foi para o Omid Razakan Alborz. Ele ainda passou pelo Sepahan Novin antes de defender o Iranjavan FC, último clube profissional com o qual teve registro.
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