Nesta sexta-feira (23), o Grupo Wagner deu início a uma rebelião contra o governo de Vladimir Putin, na Rússia. Yevgeny Prigozhin, líder dos mercenários, acusou o ministro da Defesa, Serguei Choigu, de bombardear um acampamento do grupo localizado na fronteira com a Ucrânia.
Em resposta, o grupo paramilitar tomou o controle da cidade de Rostov-on-Don e anunciou sua intenção de marchar até Moscou para derrubar o governo, que classificaram como corrupto e burocrático, o que elevou as tensões na região.
Putin reagiu, considerando a ação como uma “facada nas costas” e prometendo punições severas aos envolvidos. Ele ordenou que as forças leais ao país reprimam a rebelião nas próximas horas. De acordo com Prigozhin, o Grupo Wagner conta com mais de 25 mil soldados.
Os Estados Unidos designaram o grupo como uma organização criminosa transnacional em janeiro de 2023. Fundado em 2014 por Dmitry Utkin, o Wagner atua como uma companhia de mercenários alinhada aos interesses de Putin. Ganharam destaque ao apoiar forças separatistas na Crimeia em 2014.
Em 2015, Yevgeny Prigozhin assumiu a liderança da organização. Embora a Constituição russa proíba a atuação de grupos mercenários no país, existem brechas na legislação que permitem a operação dessas organizações, principalmente por meio das forças de segurança privadas das empresas estatais russas.