A China expressou seu apoio à Rússia após um breve levante que representou um dos desafios mais significativos em 23 anos do governo de Vladimir Putin, que é um aliado próximo do líder chinês Xi Jinping em sua busca por uma nova ordem mundial e alinhamento estratégico contra os Estados Unidos e o Ocidente.
Um dia após os mercenários do Grupo Wagner encerrarem sua marcha em direção a Moscou, pondo fim a uma revolta curta e caótica liderada por Yevgeny Prigozhin, Pequim emitiu seu primeiro comentário sobre o que Putin descreveu como uma “rebelião armada” e “facada nas costas”.
Em um comunicado breve divulgado no domingo (25), um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China declarou: “Esta é uma questão interna da Rússia. Como um vizinho amigável da Rússia e um parceiro abrangente de coordenação estratégica na nova era, a China apoia os esforços da Rússia para manter a estabilidade nacional e alcançar o desenvolvimento e a prosperidade”.
A declaração pública do regime comunista chinês ocorreu após o término do breve levante, e depois que Prigozhin concordou em retirar seus combatentes em um acordo com o Kremlin que supostamente o levaria ao exílio em Belarus sem punição.
Além disso, a manifestação de Pequim também ocorreu após a visita do vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Andrey Rudenko, à capital chinesa, onde ele se encontrou com autoridades do governo e ambas as partes reafirmaram sua estreita parceria e confiança política.