A Rússia pediu ajuda militar à China para o conflito na Ucrânia, incluindo drones de combate. Quem afirma é o governo dos Estados Unidos.
De acordo com o conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, a possibilidade de Pequim oferecer apoio a Moscou é “uma preocupação”.
“Também estamos observando atentamente para ver até que ponto a China realmente fornece qualquer forma de apoio, material ou econômico, à Rússia. É uma preocupação nossa. E comunicamos a Pequim que não vamos esperar e permitir que nenhum país compense a Rússia por suas perdas com as sanções econômicas”, declarou.
Ainda de acordo com o secretário, o governo chinês está ciente que haverá “absolutamente consequências” para os esforços de “larga escala” em caso de o país comunista fornecer à Rússia uma solução alternativa para as sanções do Ocidente.
“Não permitiremos que isso avance e que haja uma salvação para a Rússia dessas sanções econômicas de qualquer país em qualquer lugar do mundo”, alertou.
O porta-voz da embaixada chinesa, Liu Pengyu, afirmou desconhecer o suposto pedido de ajuda de Vladimir Putin. “Nunca ouvi falar disso. A China está profundamente preocupada e entristecida com a situação da Ucrânia. Esperamos que a situação se acalme e a paz retorne em breve”, disse.
Dmitry Peskov, chefe da comunicação do Kremlin, também negou que o país tenha solicitado assistência ao regime de Xi Jinping. De acordo com ele, a Rússia tem poder militar suficiente para cumprir todos os seus objetivos na Ucrânia a tempo e por completo.
O vice-diretor do Departamento de Informação do Ministério de Relações Exteriores chinês, Zhao Lijian, rebateu a acusação. Segundo ele, “o lado dos EUA tem vendido desinformação contra a China sobre a questão da Ucrânia com intenções sinistras”.