A Rússia e a China vetaram nesta quinta-feira, a resolução apresentada pelos Estados Unidos, no Conselho de Segurança da ONU, que pedia a realização de novas eleições na Venezuela, a liberação da entrada de ajuda humanitária no país e a restauração pacífica da democracia.
O projeto da resolução americana agregou nove votos a favor, mas foi rejeitado pela Rússia, China e África do Sul; a Indonésia, a Guiné Equatorial e a Costa do Marfim se abstiveram. Os votos a favor foram da França, Reino Unido, Peru, Alemanha e República Dominicana.
“Lamentavelmente, membros deste conselho continuam protegendo Maduro e seus cúmplices, prolongando o sofrimento dos venezuelanos”, afirmou o diplomata e enviado americano, Elliot Abrams, em Nova Iorque.
Uma resolução russa também foi apresentada neste mesmo dia e rejeitada, com veto dos americanos.
Impasse
A China e a Rússia apoiam o ditador venezuelano Nicolas Maduro; em contrapartida, os EUA e seus aliados reconhecem o líder da oposição, Juan Guaidó, como presidente em exercício da Venezuela.
Apesar dos EUA e seus aliados, inclusive o Brasil, reconhecerem Guaidó como o presidente interino, o ditador venezuelano Maduro, ainda controla a maioria dos militares no país, as instituições estatais e a petrolífera Petroleos de Venezuela, que é responsável por 90% da receita de exportação do país.
O Brasil tem desenvolvido um papel fundamental na restauração da democracia da Venezuela, no envio de ajuda humanitária e no acolhimento de refugiados venezuelanos.
Novas Sanções
O bloqueio da entrada da ajuda humanitária dos americanos e aliados do último fim de semana, resultou na aplicação de novas sanções ao governo ilegítimo de Maduro, que entrarão em vigor na próxima segunda-feira. Os bens da estatal PDVSA serão congelados, e o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, informou que já estão trabalhando em novos planos para levar ajuda humanitária ao povo venezuelano.