A Coreia do Norte parece ter começado a restaurar um lançador de mísseis, antes mesmo do encontro de Kim Jong-un com o presidente norte-americano Donald Trump em Hanoi, na última semana. Contrariando dessa forma, o acordo de desnuclearização assinado na primeira reunião entre os dois países em Cingapura, em junho de 2018.
Durante este primeiro encontro de Kim e Trump, foi acordado que a instalação de lançamento de mísseis deveria na realidade, ser desmontada. Porém, especialistas de institutos de inteligência dos EUA chegaram à conclusão que a reconstrução foi reiniciada, depois de observar imagens de satélite da base de lançamento Tongchang-ri, próximo à fronteira com a China.
Tongchang-ri é uma base militar preparada para a realização de testes de mísseis de longo alcance; e também é o local onde se encontra grande parte do arsenal nuclear norte-coreano.
O serviço de inteligência sul-coreano e os observadores da Coreia do Norte deduziram que a reconstrução recomeçou entre 16 de fevereiro e 2 de março, ou seja, em torno da reunião de Kim Jong-un com o presidente Trump em Hanói, ocorrida nos dias 27 e 28 de fevereiro do mês passado.
O assessor de segurança nacional dos EUA, John Bolton, comunicou à Fox Business Network, nesta terça-feira, que novas sanções à Coreia do Norte serão introduzidas, caso o país não desista de seu programa nuclear.
“Se eles não estão dispostos a fazê-lo, então penso que o presidente Trump foi muito claro … eles não obterão alívio de sanções econômicas impostas ao país; e iremos reforçar essas sanções”, completou Bolton.
Nesta terça-feira, senadores americanos tentaram pressionar a Coreia do Norte ao reintroduzir um projeto de lei para impor sanções a qualquer banco que faça negócios com o governo norte-coreano.
O secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, disse nesta segunda-feira, que espera que seu país enviem uma delegação à Coreia do Norte nas próximas semanas, para que voltem ao diálogo.