Na Índia, quatro homens foram executados hoje (20) pelo bruto estupro coletivo de uma jovem mulher na capital de Nova Délhi, ocorrido em 2012. Os agressores foram enforcados na prisão de Tihar em Délhi, confirmou um oficial da prisão.
Um carrasco executou os enforcamentos, depois que o tribunal rejeitou as alegações finais dos advogados dos condenados na noite de quinta-feira (19). O presidente Ram Nath Kovind se recusou a conceder aos quatro as clemências solicitadas.
“Nossa filha finalmente recebeu justiça. Agradeço ao judiciário, ao governo”, disse Asha Devi, mãe da vítima de estupro do lado de fora da prisão, onde uma grande multidão se reuniu. As pessoas de fora aplaudiram quando a notícia do enforcamento foi confirmada.
Protestos
A estudante de medicina de 23 anos foi estuprada em 16 de dezembro de 2012, em um ônibus na capital indiana e ficou gravemente ferida. Os fatos provocaram protestos maciços em todo o país e além das fronteiras. A jovem mulher morreu em um hospital em Cingapura, quase duas semanas depois.
Os quatro homens – Mukesh Singh, Akshay Thakur, Vinay Sharma e Pawan Gupta – foram considerados culpados e sentenciados à morte por um juiz, em 2013. O veredicto foi confirmado por tribunais superiores.
Um dos outros suspeitos já havia sido encontrado morto em sua cela. O estuprador menor de idade na época do crime foi libertado em 2015, após três anos em uma instituição de reeducação.
É excepcional a pena de morte ser executada na Índia. Normalmente, essa condenação é convertida em uma sentença de prisão perpétua. O último enforcamento na Índia ocorreu em 2015.