Nos últimos anos, o bilionário sul-africano-americano Elon Musk tem sido o centro das atenções, não apenas pelo seu sucesso nos negócios, mas também por seu ativismo em prol da liberdade de expressão e outras causas.
Ao adotar um postura de confronto, ele entrou em embate direto com autoridades e instituições em vários países, incluindo o Brasil, onde recentemente ele se envolveu em uma contenda com o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Enquanto o mundo volta seus olhos para Musk, a sua impressionante fortuna o coloca como o terceiro homem mais rico do mundo, com cerca de US$ 200 bilhões, equivalente a R$ 1 trilhão, segundo a Forbes, projetando-o para se tornar o primeiro trilionário em dólares em uma década.
Mas como Elon Musk alcançou tamanha riqueza? Sua jornada começou na África do Sul, onde nasceu em uma família abastada. Seu pai, Errol Musk, era proprietário de minas de esmeralda. Desde jovem, Musk demonstrava habilidades excepcionais em programação, vendendo seu primeiro código de videogame aos 12 anos por US$ 500. Mais tarde, mudou-se para os Estados Unidos, onde estudou economia e física na Universidade da Pensilvânia, após passagens por universidades no Canadá.
Zip2 e PayPal
A primeira empresa que fundou, Zip2, junto com seu irmão Kimbal, foi vendida em 1999 por US$ 307 milhões, catapultando sua fortuna inicial no mundo dos negócios. Posteriormente, cofundou o X.com, que se tornou o PayPal e foi vendido ao eBay, gerando um lucro expressivo. Logo em seguida, fundou a SpaceX e a Tesla, empresas revolucionárias no campo da exploração espacial e dos veículos elétricos, respectivamente.
SpaceX
Desde sua fundação, em 2002, a SpaceX, oficialmente conhecida como Space Exploration Technologies Corp., tem desempenhado um papel importante na revolução do setor espacial, impulsionando a inovação e a sustentabilidade na exploração do cosmos.
A visão de Musk era clara desde o início: tornar a exploração espacial acessível e sustentável. Para ele, a chave para viabilizar a colonização de Marte e expandir os horizontes da humanidade estava na redução dos custos de lançamento. Com esse objetivo em mente, a SpaceX concentrou-se no desenvolvimento de foguetes reutilizáveis, uma ideia revolucionária que poderia transformar o mercado espacial.
O primeiro grande marco da empresa veio em 2008, com o lançamento bem-sucedido do Falcon 1, tornando a SpaceX a primeira empresa privada a colocar um veículo espacial em órbita. Esse sucesso foi seguido pelo desenvolvimento do Falcon 9 e da cápsula Dragon, fundamentais para as missões de abastecimento da Estação Espacial Internacional (ISS), em parceria com a NASA.
A colaboração com a NASA foi essencial para o crescimento da SpaceX. Reconhecendo o potencial da empresa, a agência espacial americana estabeleceu o programa Commercial Orbital Transportation Services (COTS), concedendo contratos à SpaceX para desenvolver capacidades de transporte de carga e tripulação para a ISS. Desde então, a SpaceX realizou inúmeras missões de reabastecimento da ISS, fornecendo suprimentos essenciais para os astronautas.
Além disso, a SpaceX desenvolveu o programa Crew Dragon em parceria com a NASA, culminando no primeiro voo tripulado comercial para a ISS em 2020. Esse marco não apenas demonstrou a capacidade da SpaceX de transportar astronautas com segurança, mas também reduziu a dependência dos EUA em relação às cápsulas russas Soyuz.
A parceria contínua com a agência americana não se limita apenas aos contratos e financiamentos. Ela trouxe validação e credibilidade à SpaceX, abrindo portas para oportunidades comerciais e colaborações internacionais. Além disso, a SpaceX tem contribuído ativamente para o programa Artemis da NASA, visando o retorno dos astronautas americanos à Lua.
Tesla
Já a Tesla, atua como fabricante de veículos elétricos e sistemas de armazenamento de energia, e tem liderado a revolução da indústria automotiva e energética desde sua fundação em 2003, nos Estados Unidos. Sob a liderança visionária de Elon Musk, a empresa não apenas desenvolve e produz veículos elétricos de alta performance, mas também é uma força motriz por trás da adoção de fontes de energia limpa.
Atualmente, a Tesla é uma das empresas mais valiosas do mundo, com uma capitalização de mercado que ultrapassa US$ 1 trilhão. Em 2020, a empresa conquistou uma fatia significativa do mercado de veículos elétricos, capturando 23% das vendas globais. Além disso, por meio de sua subsidiária, a Tesla Energy, a empresa desenvolve e instala sistemas fotovoltaicos em larga escala nos Estados Unidos, além de fornecer soluções avançadas de armazenamento de energia.
Embora muitos associem diretamente Elon Musk à fundação da Tesla, a empresa foi inicialmente concebida por engenheiros visionários Marc Tarpenning e Martin Eberhard. O nome “Tesla” foi uma homenagem ao ilustre inventor Nikola Tesla. Foi somente em 2004 que Musk ingressou na empresa como presidente e principal acionista, investindo cerca de US$ 6,5 milhões. Desde então, ele segue no comando central da companhhia.
O marco inicial da Tesla foi o lançamento do Roadster em 2008, um carro esportivo premium totalmente elétrico. Musk supervisionou de perto o desenvolvimento deste modelo, estabelecendo a estratégia da empresa de primeiro lançar veículos de alto desempenho para, posteriormente, expandir sua linha para modelos mais acessíveis.
A produção em larga escala começou com o Tesla Model S em 2012, um sedã de luxo que conquistou diversos prêmios e se tornou o carro elétrico mais vendido do mundo em 2015 e 2016. A empresa continuou a inovar com o lançamento do Tesla Model X em 2015, seguido pelo aprimoramento do sistema de assistência à direção, conhecido como Tesla Autopilot.
X/Twitter
Um dos mais recentes feitos de Musk foi a aquisição do Twitter, renomeado como X, em um acordo bilionário que sacudiu o mercado. Com uma participação total na empresa, Musk firmou a mudança do pássaro azul para a letra X como símbolo da plataforma, seguindo uma série de alterações na rede social, que é uma das principais no mundo.