As eleições realizadas neste domingo (29) na Áustria indicam uma vitória expressiva da direita, com a coalizão liderada por Herbert Kickl, do Partido da Liberdade da Áustria (FPÖ), alcançando 29,1% dos votos. A estimativa foi divulgada pela emissora ORF, com base em dados obtidos logo após o fechamento das urnas, e publicada pela agência Reuters.
O Partido Popular Austríaco (ÖVP), liderado pelo atual chanceler Karl Nehammer, ficou em segundo lugar, com 26,2% dos votos, enquanto os Social-Democratas de centro-esquerda (SPÖ) obtiveram 20,4%.
Se confirmada a vitória de Kickl, a Áustria se juntará a outros países da União Europeia (UE) que têm visto uma ascensão da direita nas últimas eleições. Nações como Holanda, França e Alemanha também registraram crescimento de apoio a partidos desse espectro político.
Em junho deste ano, as eleições para o Parlamento Europeu já haviam sinalizado esse avanço, com a direita obtendo bons resultados e impondo derrotas significativas aos governos da França e da Alemanha, que possuem as maiores representações no Parlamento Europeu (81 e 96 assentos, respectivamente).
Como consequência, o presidente francês, Emmanuel Macron, dissolveu o parlamento e convocou novas eleições. Já o primeiro-ministro da Bélgica, Alexander De Croo, anunciou sua renúncia, pressionado pelo fortalecimento da direita no país. Na Espanha, há uma pressão semelhante, que aponta para uma tendência de avanço da direita na Europa.