Uma universidade da Virgínia, nos Estados Unidos, colocou um professor assistente em licença administrativa depois que o profissional provocou uma reação acalorada por dizer que “não é necessariamente imoral que adultos se sintam sexualmente atraídos por crianças”. A informação foi divulgada pelo New York Post.
Segundo a reportagem, Allyn Walker, que ensina Sociologia e Justiça Criminal na Old Dominion University (ODU), proferiu o comentário polêmico ao discutir os termos “pessoas que se sentem atraídas por menores” e “pedófilos” durante uma entrevista em 8 de novembro com a Prostasia Foundation, uma organização de proteção à criança com sede em San Francisco, na Califórnia.
Walker, que usa os chamados “pronomes neutros”, estava discutindo seu livro, “A Long Dark Shadow: Minor-Attracted People and Their Pursuit of Dignity” [tradução livre: ‘Uma Longa Sombra Escura: Pessoas Atraídas por Menores e Sua Busca pela Dignidade’].
Na ocasião, ele insistiu que é importante usar a terminologia “pessoas atraídas por menores” em vez de “pedófilo” porque seria “menos estigmatizante”.
Em um comunicado nesta última terça-feira (16), a universidade disse que colocou Walker em licença administrativa.
“Quero afirmar da forma mais forte possível que o abuso sexual infantil é moralmente errado e não tem lugar em nossa sociedade”, declarou o presidente da ODU, Brian Hemphill, em uma declaração anexa.
“Este é um momento desafiador para nossa universidade, mas estou confiante de que nos uniremos e seguiremos em frente como uma família Monarca”, acrescentou.
https://twitter.com/libsoftiktok/status/1458985538334068740
Nas redes sociais, Walker foi intensamente criticado após ter a sua declaração repercutida, especialmente no Twitter. Internautas o acusaram de tentar “normalizar” a pedofilia.
Após as críticas e o consequente afastamento da instituição, ele divulgou uma declaração conjunta no sábado (13) com a Old Dominion University esclarecendo seus comentários.
“Quero ser claro: o abuso sexual infantil é um crime imperdoável”, disse Walker. “Como professor assistente de Sociologia e Justiça Criminal, o objetivo da minha pesquisa é prevenir o crime.”, argumentou.