Mario Abdo Benítez, popularmente conhecido como Marito, está prestes a encerrar seu mandato como presidente da República do Paraguai. Após cinco anos à frente do país, ele deixará o cargo na terça-feira, 15 de agosto. Sua sucessão já foi assegurada com a eleição do economista Santiago Peña, ambos membros do Partido Colorado, uma força política conservadora de direita.
Durante seu tempo no poder, Marito desempenhou um papel significativo na política paraguaia e na região sul-americana. Em maio, o Partido Colorado conquistou uma vitória esmagadora nas eleições, fortalecendo ainda mais a posição da direita no governo paraguaio. Com a entrada de Santiago Peña, essa hegemonia da direita na liderança do Executivo federal se consolida, representando um legado de mais de sete décadas.
Diferente de alguns sistemas eleitorais, o Paraguai não permite reeleição nem segundo turno presidencial. Um presidente tem um único mandato de cinco anos, em contraste com o cenário político brasileiro, por exemplo. Nas eleições de 2023, o presidente eleito obteve cerca de 42,74% dos votos. Enquanto isso, o segundo colocado, que contou com o apoio de notáveis lideranças de esquerda como José Mujica, ex-presidente do Uruguai, conseguiu 27,48% dos votos.
Neste domingo (13), Marito fez questão de destacar suas realizações como líder do país, mencionando especialmente a construção de três importantes pontes que visam impulsionar o desenvolvimento do Paraguai.
A poucos dias de ausentar-se oficialmente do Palacio de los López, Mario Abdo Benítez fez uma publicação na manhã deste domingo (13), destacando seus feitos como mandatário. “Em nosso governo, construímos três grandes pontes que vão promover o desenvolvimento do país”, escreveu ele no Instagram. Nas imagens, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) aparece ao lado de Marito em alguns momentos do vídeo. Além dele, o ex-presidente Michel Temer (MDB) também é inserido nas comemorações. Lula, no entanto, não aparece.
Apesar de já ter encontrado o atual líder brasileiro, o paraguaio tem sido uma das vozes mais críticas da América do Sul contra governos de esquerda que apoiam ditaduras em nações como Bolívia, Cuba, Nicarágua e Venezuela.