Neste sábado (23), a presidente interina da Bolívia, Jeanine Áñes, anunciou que não irá promulgar a lei apresentada por senadores socialistas que busca oferecer anistia ao ex-presidente Evo Morales, atualmente exilado no México.
O projeto de lei do partido Movimento Al Socialismo (MAS) almejava conceder anistia e liberar presos implicados em casos de violência desde a renúncia de Evo, em 10 de novembro.
“Não podemos garantir proteção a quem submeteu, perseguiu, enganou e zombou dos bolivianos. Não decepcionaremos a luta pacífica de milhões de bolivianos. O novo país que queremos será uma Bolívia de justiça, não de impunidade. Que Deus abençoe a Bolívia!”, afirmou Jeanine no Twitter.
No podemos otorgar protección a quienes han sometido, perseguido, engañado y burlado a los bolivianos.
No vamos a defraudar la lucha pacífica de millones de bolivianos.
El nuevo país que queremos será una Bolivia de justicia, no de impunidad.¡Que Dios bendiga a Bolivia!
— Jeanine Añez Chávez (@JeanineAnez) November 23, 2019
Em 15 de novembro, a presidente interina da Bolívia afirmou que o ex-presidente Evo Morales pode retornar à Bolívia de seu exílio no México, mas se o fizer, deve responder à justiça por irregularidades nas eleições de outubro e por denúncias de corrupção.
Novas eleições
Em entrevista exclusiva ao programa NTN24 La Tarde, Jeanine Añez disse que estão trabalhando para acelerar o processo de eleger um novo presidente da nação.
Ela enfatizou que é necessário lembrar que o Supremo Tribunal Eleitoral (TSE) não tem ninguém para representá-lo e acrescentou que é necessário que novos representantes sejam formados e que estes não apoiem nenhum partido político para que as eleições sejam livres e justas para todos os bolivianos.
Esquerda e violência
Añez alertou que todos devem estar atentos a todos aqueles que são chamados de “socialistas do século XXI”, que a partir de seus critérios só chegam ao poder aplicando e usando esses meios para conquistar as pessoas e depois mudam tudo conforme sua conveniência.
Ela disse que nos atos de vandalismo que foram testemunhados na Bolívia desde o último dia 20 de outubro após os resultados das eleições, foi constatado a presença de venezuelanos e cubanos.