Em um ato simbólico nesta quarta-feira (23), os integrantes do Parlamento Europeu aprovam uma resolução que reconhece a Rússia como “um Estado patrocinador do terrorismo e um Estado que usa meios de terrorismo”, pedindo à União Europeia “que isole ainda mais a Rússia internacionalmente”.
A decisão dos parlamentares foi tomada em meio aos “ataques deliberados e atrocidades cometidas pelas forças russas e seus representantes contra civis na Ucrânia, a destruição de infraestrutura civil e outras violações graves do direito internacional e humanitário”, que “se somam a atos de terror e constituem crimes de guerra”.
De acordo com um comunicado de imprensa emitido pelo órgão, “como a UE atualmente não pode designar oficialmente estados como patrocinadores do terrorismo, o Parlamento pede à UE e a seus estados-membros que estabeleçam a estrutura legal adequada e considerem adicionar a Rússia a essa lista”.
A norma não vinculativa foi aprovada com 494 votos a favor, 58 contra e 44 abstenções. O presidente ucraniano foi às redes sociais para saudar a decisão. “A Rússia deve ser isolada em todos os níveis e responsabilizada para acabar com sua política de terrorismo de longa data na Ucrânia e em todo o mundo”, escreveu Volodymyr Zelensky.
No mesmo sentido, o ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, também agradeceu no Twitter ao Parlamento Europeu “pela postura clara” ao aprovar esse ato simbólico.
Até o fechamento desta matéria, autoridades da Rússia não haviam se manifestado. A tendência é de que Moscou ignore a resolução, mas esta matéria poderá ser atualizada em caso de algum pronunciamento oficial.
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