O presidente brasileiro Jair Bolsonaro recebeu na sexta-feira (10) Santiago Abascal, líder do partido de direita VOX, que é a terceira maior força política no parlamento da Espanha.
O encontro ocorreu no Palácio da Alvorada e, na ocasião, os líderes combinaram estreitar os laços e discutir uma frente comum contra o comunismo e contra os projetos do Foro de São Paulo.
Durante a reunião, foi discutida a Carta de Madrid, um documento assinado por muitas figuras influentes da direita em diversos países, incluindo o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), para a criação de uma estrutura permanente e um plano de ação anual para enfrentar o avanço do comunismo nas nações da Ibero-esfera.
A Carta de Madrid afirma que “o avanço do comunismo representa uma séria ameaça à prosperidade e ao desenvolvimento de nossas nações, bem como às liberdades e direitos de nossos compatriotas”, e promete defender a liberdade, a democracia e o Estado de Direito.
En #Brasil🇧🇷 con @jairbolsonaro.
Interesante encuentro con el líder que ha luchado de manera más frontal y eficaz contra el comunismo y la extrema izquierda en toda la Iberosfera.
🇪🇦🇧🇷 #Brasilia pic.twitter.com/0xgbvsOe0B— Santiago Abascal 🇪🇸 (@Santi_ABASCAL) December 12, 2021
Em solo tupiniquim, Abascal também participou do congresso Brasil Profundo, organizado pelo Instituto Conservador-Liberal nos dias 10 e 11 de dezembro, em Cuiabá (MT).
“É preciso que os patriotas dos dois lados do Atlântico se unam. Temos que enfrentar o socialismo do século 21 e o comunismo do Foro de São Paulo e do Grupo de Puebla, porque ambos são as máscaras, os disfarces com os quais a esquerda pretende assaltar o poder em nossas nações”, declarou em seu discurso.
O líder do VOX também denunciou a estratégia do Foro de São Paulo e do Grupo de Puebla e pediu para “desmascarar” o “projeto totalitário e liberticida” que eles propõem.
“Não nos enganam, nós os conhecemos muito bem. Por trás de suas boas palavras e discursos açucarados, por trás de seus coloridos e sorrisos, está o mesmo projeto totalitário e liberticida de sempre. Temos que desmascará-los e enviar suas receitas criminosas para a lata de lixo da história”, disse.
“Espanha e Brasil têm um passado e um presente em comum. Nem os movimentos separatistas nem as oligarquias globalistas conseguiram derrotar nossos países. Fazemos parte de uma comunidade de 700 milhões de falantes de duas línguas irmãs, uma comunidade que nunca olhou para a cor da pele e que agora deve se tornar um polo decisivo para o mundo que virá”, acrescentou.
Ainda no evento, Abascal apelou à defesa da vida e da família, que, a seu ver, é um “refúgio contra os poderosos que querem nos dizer como viver, como devemos falar ou a quem devemos amar”. Ele também manifestou apoio aos agricultores e pecuaristas de Mato Grosso, e ressaltou a necessidade de proteger os produtores locais.
O encontro do espanhol com o chefe do Executivo e com figuras importantes da direita no Brasil ocorreu poucos dias depois de ele participar de uma cúpula de líderes da direita europeia na Polônia, que incluiu a francesa Marine Le Pen, o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orban, e o líder conservador do Partido da Justiça e Lei polonês (PiS), Jaroslaw Kaczynski.
Vuelvo a España tras la exitosa cumbre en Varsovia junto a los primeros ministros de Polonia y Hungría y otros dirigentes patriotas y conservadores europeos.
Los líderes reunidos han aceptado mi invitación para celebrar la próxima cumbre en España en enero. pic.twitter.com/qLCe8QhBcr
— Santiago Abascal 🇪🇸 (@Santi_ABASCAL) December 4, 2021