O papa Francisco pediu na sexta-feira (29) auditorias anuais para avaliar como as igrejas católicas ao redor do mundo estão implementando medidas para proteger crianças do abuso sexual de sacerdotes, dizendo que, sem mais transparência, os fiéis continuarão a perder confiança.
“Abusos de qualquer forma são inaceitáveis”, declarou o chefe de Estado a membros da Comissão Pontifícia para a Proteção de Menores, que foi estabelecida em 2014 para promover melhores práticas e uma cultura de proteção em todo o mundo.
A comissão teve um início complicado, com a renúncia de vários membros que reclamaram que o órgão não tinha força e de que haviam encontrado resistência interna.
O colegiado recebeu uma nova concessão em março deste ano, quando a Constituição atualizada do Vaticano o colocou no departamento doutrinal, que decide casos de abusos.
Francisco disse que queria um “relato confiável anual sobre o que está sendo feito no presente e o que precisa mudar” para proteger crianças e adultos vulneráveis de crimes sexuais.
“Esse relatório será um fator de transparência e responsabilidade e, eu espero, irá oferecer uma auditoria clara de nosso progresso nessa iniciativa”, defendeu o pontífice.