A Assembleia Geral das Nações Unidas (AGNU) aprovou uma resolução na quarta-feira (18) que instou o Irã a libertar todos os detidos por participarem dos protestos e qualquer um que foi preso por exercer suas liberdades fundamentais.
A resolução foi aprovada com 81 a 30 e 70 abstenções. O projeto de resolução proposto pelo Canadá havia sido aprovado pela Terceira Comissão da Assembleia Geral em 14 de novembro.
Inicialmente, os protestos nacionais no Irã começaram na sexta-feira, 15 de novembro, depois que o governo iraniano anunciou um aumento de 300% nos preços da gasolina. Mas rapidamente foram definidos pelos iranianos pedindo ao governo o fim da corrupção, do regime islâmico e da proteção dos direitos humanos.
A resposta do governo iraniano foi extremamente dura e organizada. Os manifestantes foram recebidos com uma repressão brutal, juntamente com uma censura completa da Internet no país para esconder a repressão.
Segundo a Anistia Internacional, 304 manifestantes foram mortos, incluindo 18 crianças, e possivelmente milhares foram feridos.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, Abbas Mousavi, condenou a resolução da AGNU e disse que “ela é baseada em abordagens seletivas, é parcial, confrontadora e deve servir a objetivos políticos”.
A Anistia Internacional e organizações da sociedade civil instaram os países membros da ONU a condenarem publicamente as graves violações dos direitos humanos cometidas pelas autoridades iranianas que nem sequer anunciaram o número oficial de mortos nos recentes protestos.
O governo iraniano mantém seu poder através da institucionalização do medo. Esse é especialmente o caso entre os cristãos no país. É comum que o regime ditatorial islâmico visite os cristãos durante toda a temporada de Natal, ameaçando-os e exigindo que eles se mantenham calados, além de prender seus líderes.
Os protestos reduziram os recursos do governo – até agora, poucas prisões de cristãos foram tornadas públicas. No entanto, como os desaparecimentos se tornaram uma prática comum durante todo o período de protesto, é difícil saber ao certo como a atual temporada está afetando a comunidade cristã.