A Organização Mundial da Saúde (OMS) descreveu nesta quinta-feira (1º) como “necessárias” novas restrições na Europa devido ao crescente número de casos da covid-19, em meio ao avanço da variante britânica e ao aumento da mobilidade pela semana da Páscoa.
“A situação na região é agora mais preocupante do que vimos em vários meses”, afirmou a diretora regional da OMS para Emergências na Europa, Dorit Nitzan.
“Muitos países estão adotando novas medidas que são necessárias e todos devem segui-las tanto quanto possível”, acrescentou.
Na opinião dela, também existem “riscos associados ao aumento da mobilidade” e às reuniões neste feriado da Páscoa.
Em nota, do seu escritório europeu, a OMS também de “inaceitável” o ritmo da campanha de vacinação no continente, considerado lento.
Atualmente, 27 países europeus aplicam restrições de intensidade variável, dos quais 21 impuseram toque de recolher obrigatório. Nas duas últimas semanas, 23 países endureceram as medidas para conter a propagação da peste chinesa, enquanto 13 abrandaram as restrições.
Segundo o diretor regional da OMS para a Europa, Hans Henri Kluge, “agora não é hora de relaxar”.
“Não podemos ignorar o perigo. Todos temos que fazer sacrifícios, não podemos permitir que a exaustão nos derrote. Devemos continuar a conter o vírus”, disse.
Mesmo com as diversas restrições, a Europa é a segunda região do planeta com mais casos de infecções pelo coronavírus. O número total de positivos gira em torno de 45 milhões e o número de mortos é próximo a 1 milhão, segundo dados da OMS.
Cerca de 50 países da região já indicaram que a variante B.1.1.7, inicialmente detectada no Reino Unido, é a que predomina em seus territórios.
Com informações, AFP e Agência Brasil.