Conforme registramos mais cedo, a censura sofrida pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, está gerando debates entre autoridades globais.
Angela Merkel foi uma das líderes que criticou duramente a decisão do Twitter de banir o republicano.
Para a chanceler alemã, as medidas contra Trump trata-se de uma ‘problemática’ do ‘direito fundamental à liberdade de expressão’.
“É possível interferir na liberdade de expressão, mas de acordo com os limites definidos pela legislação”, afirmou o porta-voz da chanceler, Steffen Seibert, em entrevista coletiva nesta segunda-feira (11).
“Não baseando-se na decisão da direção de uma empresa”, prosseguiu.
E completou: “É por isso que a chanceler considera problemático que as contas do presidente dos Estados Unidos nas redes sociais sejam fechadas definitivamente”.
Donald Trump foi banido permanentemente do Twitter na última sexta-feira, 8, dois dias após os conflitos que ocorreram no edifício do Capitólio.
A empresa disse que suspendeu a conta do líder norte-americano por temer que ele pudesse incitar mais violência.
O Facebook, por sua vez, suspendeu a conta do presidente por alguns dias.
A previsão é que o bloqueio prevaleça até a posse de Joe Biden, marcada para 20 de janeiro.
Porém, para Merkel, o governo dos EUA deveria seguir o exemplo da Alemanha na adoção de leis que restringem o incitamento online, em vez de deixar que plataformas como Twitter e Facebook definam suas próprias regras.