Dezenas de pessoas foram mortas na Venezuela como resultado de uma queda de energia que assola o país desde quinta-feira.
Queda esta, consequente de um regime socialista que vem minando um país, possuidor de riquezas extraordinárias e um povo sofrido que clama por libertação.
A VPI TV relatou nesta manhã, que pacientes neonatais morreram no Hospital Universitário de Maracaibo, Estado de Zulia, desde que o blecaute começou na quinta-feira do dia 7 de março.
Não foi confirmado exatamente o número de mortos ainda.
Neste último sábado, quinze pacientes renais morreram em um hospital porque o equipamento de diálise não funcionou devido à falta de eletricidade.
Devido à falta de energia, uma senhora da cidade de Valência, chegou em um necrotério com a filha de 19 anos nos braços, após não conseguir atendimento em posto de saúde.
A menina estava desnutrida e pesava apenas 10 quilos; uma cena, muito semelhante às vistas no Holocausto, chocou o mundo nas redes sociais neste final de semana.
No momento, a falha foi corrigida na maioria dos lugares, mas nesta segunda-feira, as escolas e empresas no país permanecerão fechadas, relatou o ministro da Informação Jorge Rodriguez na televisão venezuelana.
O presidente interino Juan Guaidó acusa Nicolás Maduro e seu governo socialista genocida, de causar a falta de energia. Guaidó pede ao parlamento que declare estado de emergência, para que a população possa ser ajudada.
Ajuda americana sem viés ideológico
Muito diferente da esquerda brasileira, que muito contribuiu para a crise venezuelana, duas congressistas dos EUA, democrata e republicana, se uniram neste final de semana, para levar ajuda humanitária aos venezuelanos.
Desta forma, elas demonstraram compaixão sem o viés ideológico, apenas buscaram aliviar o sofrimento de um povo, que clama por libertação e necessita de ajuda sem demora.
Declaração do Grupo de Lima
No último 10 de março, os membros do Grupo Lima divulgaram uma declaração à respeito da situação venezuelana:
“Os governos da Argentina, Brasil, Canadá, Colômbia, Costa Rica, Chile, Guatemala, Honduras, Panamá, Paraguai e Peru, membros do Grupo Lima, nos solidarizamos com os milhões de venezuelanos afetados pelo apagão que dura mais de 50 horas e que, até o momento, já matou 18 vítimas em hospitais e clínicas, como resultado da falta de energia elétrica, além dos incontáveis contratempos da vida cotidiana que se somam às dificuldades que o povo venezuelano vem sofrendo há anos. Esta situação apenas confirma a existência e magnitude da crise humanitária que o regime de Maduro se recusa a reconhecer. Responsabilizamos exclusivamente o regime ilegítimo de Maduro pelo colapso do sistema elétrico venezuelano.
Reiteramos nosso apoio ao Presidente em Exercício Juan Guaidó e à Assembleia Nacional; e ratificamos nosso compromisso com o povo venezuelano em sua busca por uma solução para a crise que afeta seu país. Apenas um governo legítimo que surgir de eleições livres e democráticas, poderá realizar a reconstrução das instituições, infraestrutura e economia do país que os venezuelanos precisam, para recuperar sua dignidade, o exercício das liberdades cívicas e o respeito de seus direitos humanos; que por anos foram ignorados e negligenciados.”