Na madrugada desta sexta-feira (19), explosões foram registradas perto de uma base militar na cidade de Isfahan, no Irã. Embora o governo iraniano tenha sido vago sobre as causas do bombardeio, fontes militares dos EUA informaram à imprensa americana que se tratava de um ataque israelense, em retaliação ao lançamento de mais de 300 drones e mísseis em direção ao país em 13 de abril.
Tanto autoridades israelenses quanto iranianas evitaram atribuir responsabilidades ao comentar o ocorrido. Além disso, os EUA afirmaram não estar envolvidos em qualquer ofensiva militar.
Confprme relatos da imprensa iraniana, por volta das 21h30 (horário de Brasília), três drones foram abatidos enquanto sobrevoavam a área de Isfahan. A região, situada a 450 km de Teerã, abriga instalações nucleares. O espaço aéreo foi temporariamente fechado e voos foram cancelados. Explosões foram ouvidas na cidade, a terceira maior do Irã, com 1,9 milhão de habitantes.
Uma autoridade iraniana afirmou que não houve ataque com mísseis e alegou que o sistema de defesa aérea foi ativado, sendo as explosões resultado dessa ação. Um militar iraniano declarou que não houve danos significativos e que as instalações nucleares permanecem intactas. Outra autoridade militar do país, falando sob anonimato à agência Reuters, indicou que o país não planeja uma retaliação imediata contra Israel, dada a falta de clareza sobre o incidente.
Até o momento desta atualização, Israel não se pronunciou oficialmente sobre a alegada investida, abrindo espaço para uma possível intenção de reduzir as tensões com o Irã.
O ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben-Gvir, publicou uma única palavra em hebraico em sua conta no X (antigo Twitter), durante a madrugada, que pode ser interpretada como “fraco” ou “desapontador”. Embora não tenha especificado a que se referia, especula-se na imprensa israelense que sua mensagem esteja relacionada aos eventos em Isfahan horas antes.
Após o ataque iraniano em 13 de abril, Ben-Gvir havia defendido publicamente uma resposta “esmagadora” a Teerã, o que lhe rendeu uma repreensão pública do presidente de Israel, Isaac Herzog.