O presidente americano, Donald Trump, confirmou durante um discurso na Casa Branca que o líder da mais cruel e violenta organização terrorista, o Estado Islâmico (ISIS), Abu Bakr al-Baghdadi, está morto. No sábado (19), unidades especiais realizaram uma operação, na qual o líder do Estado Islâmico (EI) foi morto. Ele teria se explodido com um colete-bomba, quando as unidades invadiram o prédio onde ele estava escondido.
“Ele morreu como um cachorro covarde, correndo e chorando”, disse Trump.
O líder terrorista foi encurralado por soldados americanos em um túnel. Al-Baghdadi explodiu-se “em pânico”.
“Ele levou três de seus filhos com ele. Ele os levou à morte, porque fez sua bomba explodir e, assim, matou a si mesmo e aos três filhos”, disse Trump.
Segundo o presidente americano, um grande número de combatentes do EI também morreu durante a operação. Onze outros filhos de al-Baghdadi permaneceram ilesos e foram levados por soldados americanos. Nenhum soldado americano morreu na operação.
“Foi perfeito, como se você estivesse assistindo a um filme”, disse Trump.
Marco na luta contra o EI
Com a morte do líder do EI, “a cabeça da serpente foi arrancada”. A morte de Al-Baghdadi é mais um marco na luta contra o EI. A morte de Al-Baghdadi é uma boa notícia para muitas vítimas de seu terror e também para a segurança mundial. No entanto, a ameaça ainda não terminou. A comunidade internacional não deve baixar a guarda, e sim, continuar a contribuir para a luta contra o terrorismo islâmico.
Reações internacionais
Vários chefes de governo parabenizaram os EUA pela missão bem-sucedida.
“A morte de Baghdadi é um momento importante em nossa luta contra o terrorismo, mas a luta contra o mal do EI não acabou. Continuaremos a trabalhar com nossos parceiros para acabar com as atividades bárbaras e assassinas do EI de uma vez por todas”, disse o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, no Twitter.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, parabenizou o presidente Trump pela impressionante ação que levou à morte do líder do EI.
“Isso mostra nossa motivação compartilhada, dos Estados Unidos e de todos os países livres, na luta contra organizações e estados terroristas. Essa conquista é um marco importante, mas o restante da campanha ainda está à nossa frente”, disse Netanyahu.
Segundo o Irã, certamente não significa o fim do EI e sua ideologia.
“Você acabou de matar sua própria criação”, disse o Ministro da Informação iraniano, que não achou a morte de Baghdadi tão especial.
Embora o presidente Trump também tenha agradecido a Rússia em seu discurso, o porta-voz do Ministério da Defesa russo disse que não tinha informações confiáveis sobre a operação dos americanos ou a “eliminação de milésimos de segundo” do ex-líder do EI Abu Bakr al-Baghdadi.
O deputado Federal e presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara dos Deputados, Eduardo Bolsonaro, também publicou uma nota no Twitter:
Com Trump @realDonaldTrump as decapitações feitas pelo ISIS usando facas acabaram. ISIS foi severamente bombardeado e agora seu líder foi morto. O Presidente da maior potência bélica do mundo dá o recado, fora do politicamente correto, a terroristas perseguidores de cristãos👏 https://t.co/lBsHHVOObG
— Eduardo Bolsonaro🇧🇷 (@BolsonaroSP) October 28, 2019
Trabalho conjunto de inteligência
A detecção de al-Baghdadi é o resultado de um trabalho conjunto de inteligência das Forças Democráticas Curdas (SDF), Turquia e EUA. A operação ocorreu no noroeste da Síria, na província de Idlib. Trump teria dado permissão para isso cerca de uma semana atrás. O local que as unidades especiais invadiram foi monitorado por semanas.
“A missão também capturou informações confidenciais, incluindo a organização do EI e os planos futuros do grupo terrorista”, disse Trump.
O fato de al-Baghdadi estar em Idlib é impressionante, pois é a última grande área rebelde da Síria. A área é controlada principalmente por jihadistas do grupo Hayat Tahrir al-Sham, vinculado à Al-Qaeda, inimiga do EI. Muitos especialistas em EI assumiram que al-Baghdadi estaria escondido na região de fronteira entre o Iraque e a Síria.
Onome verdadeiro de al-Baghdadi é Ibrahim Awwad Ibrahim Ali al-Badri. Ele cresceu em Samarra, norte de Bagdá, e nasceu em 1971. Pouco se sabe ainda sobre o temido líder terrorista conhecido como “Califa Ibrahim”.
Assista ao vídeo do discurso do presidente americano, Donald Trump, anunciando a morte do líder terrorista do EI (ISIS), al-Baghdadi. (Crédito: Tradutores de Direita)