Acreditava-se que o antissemitismo que levou à quase destruição da comunidade judaica na Europa durante a Segunda Guerra Mundial não aconteceria mais em nosso tempo.
Há trinta anos, a mídia tratava de revelações chocantes sobre novos campos de concentração na antiga Iugoslávia e sobre ataques antissemitas a monumentos de Auschwitz, na Europa.
Não era possível acreditar que a Europa veria novamente os campos de concentração, mas os campos sérvios na ex-Iugoslávia provaram que estávamos errados.
Na época, a campanha ‘Never Again’ exigiu medidas imediatas dos governos europeus para inverter a situação.
Antissemitismo midiático
No mês passado, o jornal alemão Frankfurter Rundschau publicou um artigo sobre o primeiro-ministro israelense com a manchete “O eterno Netanyahu”.
O artigo principal da página de opinião de Rundschau, foi sobre a vitória eleitoral de Benjamin Netanyahu, referindo-se à sua “arte política de sobrevivência”.
No entanto, a manchete foi um trocadilho com o título do filme de propaganda ideológica socialista e antissemita de 1914, “Der Ewige Jude” (O Eterno Judeu), de Fritz Hippler.
O filme foi produzido com o único intuito de induzir os alemães a irem contra o povo judeu.
Também em abril deste ano, o jornal americano The New York Times publicou um cartum antissemita do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu e do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
O desenho mostra Netanyahu como um cão-guia guiando um cego, Trump, passando a mensagem: o primeiro-ministro israelense controla a política dos Estados Unidos da mesma forma que os nazistas afirmavam que os judeus controlavam a Alemanha.
Muito tem sido escrito sobre as publicações dos jornais The New York Times e do Frankfurter Rundschau e sobre a indiferente desculpa dos editores destes jornais, que se seguiram após as publicações.
De acordo com o editor do Jerusalem Post, Franzman, os pedidos de desculpas dos editores dos jornais foram rejeitados pela comunidade judaica, que alegou que as publicações não foram um erro, como os editores querem nos fazer acreditar.
Alguns na comunidade judaica americana solicitaram ao diretor do maior jornal do mundo, despedir o editor que publicou o cartum. No entanto, isso não resolveria o problema e a sua real causa.
Parece tarde demais, o maior jornal do mundo está agora no centro de uma nova tempestade antissemita.
Mas isso não surpreendeu o ex-editor do Jerusalem Post e atual colunista do The New York Times, Bret Stephens.
Stephens escreveu esta semana, que há uma longa história de antissemitismo no jornal, que remonta à Segunda Guerra Mundial, quando o The New York Times escondeu notícias sobre o Holocausto.
Stephens deveria ter acrescentado em sua coluna, que o jornal americano é atualmente culpado de antissemitismo moderno.
Inclusive, está aplicando um duplo padrão a Israel e condenando o sionismo; e não apenas por causa do cartum publicado.
O The New York Times tem uma obsessão doentia por Israel e está constantemente encobrindo a verdade sobre o ódio virulento que os árabes palestinos desencadeiam no Estado judeu.
Além disso, o jornal ainda destaca todos os supostos ‘crimes israelenses’ no atual conflito contra os vários grupos terroristas palestinos.
E os editores do The New York Times ainda ousam afirmam, que o jornal sempre esteve em defesa do Estado judeu, algo que é pertinentemente falso.
Esquerdo-globalismo
A mídia tem representado apenas a visão de mundo da esquerda globalista, que é amplamente responsável pela atual explosão de ataques antissemitas, principalmente em países ocidentais.
Assim como em Israel, a mídia nos países ocidentais é amplamente dominada pelas elites liberais; e muitas vezes, trabalha com islamistas que lutam não apenas pela destruição de Israel, mas também pelo ‘mundo livre’.
A campanha midiática de décadas contra Israel tem afetado o mundo e criou um ambiente hostil, que inspira pessoas ao antissemitismo.
Estas pessoas são levadas a atos extremos, como o ataque à Sinagoga de Chabad, na Califórnia; entre outros ataques recentes a locais e monumentos judaicos.
Ao manipular as notícias sobre Israel, uma grande parte da mídia convence as massas de que Israel é o culpado no conflito com os árabes palestinos.
Estes mesmos “liberais” afirmam que o primeiro-ministro Netanyahu controla a Casa Branca e o homem que eles odeiam, mais do que o líder israelense: o presidente Donald Trump.
Como resultado desta campanha, o número de ataques antissemitas em países, principalmente ocidentais, só está aumentando.
Violência antissemita
Nesta última semana, o Escritório Central para o Judaísmo Europeu e o Congresso Judaico Europeu publicaram um novo relatório sobre o número de incidentes antissemitas no mundo.
As organizações mostraram que o número de ataques violentos aumentou 13% em 2018, excluindo Israel.
A Liga Anti Difamação dos EUA (ADL) também publicou seu relatório anual sobre ataques antissemitas nos EUA.
A ADL descobriu que o número de ataques físicos a judeus, mais do que dobrou em 2018 comparado a 2017.
O mesmo fenômeno é visível na Alemanha, na França, no Reino Unido, na Holanda e mesmo em países como a Finlândia.
Novo Holocausto
Estes mesmos países europeus precisam parar de proteger o único país do mundo que ameaça realizar um novo Holocausto, a República Islâmica do Irã.
Atualmente, a campanha contra o antisemitismo “Never Again” soa como uma promessa vazia.
E os meios de comunicação esquerdo-globalistas desempenham um papel importante na criação de um ambiente no qual os judeus – tanto em Israel quanto em outras partes do mundo – estão novamente preocupados com a possibilidade de um novo Holocausto.