Um êxodo de profissionais que fogem da Argentina tenta encontrar trabalho no vizinho Uruguai. A má gestão da pandemia pelo governo socialista de Alberto Fernández e a crise econômica que desencadeou de longos lockdowns estão impulsionando este movimento migratório.
A cifra chega a 40% do total de estrangeiros que aspiram a conseguir um emprego no Uruguai. Os dados, coletados pela consultoria Advice, mostram que os argentinos foram os únicos estrangeiros que aumentaram o interesse em conseguir um emprego em terras uruguaias, informou o portal iProfesional.
A Venezuela está no mesmo nível da Argentina. Os imigrantes desse país registram a mesma porcentagem de pedidos de emprego até agora em 2021.
Segundo o Banco da Previdência Social (BPS), atualmente há um total de 46.442 estrangeiros formalmente empregados. Isso representa 3% dos trabalhadores com carteira assinada no país.
Os argentinos lideram essa proporção, com 35%. Seguem os venezuelanos, com 18%; Cubanos, 11%; Brasileiros, 10%; e peruanos, 4%.
A tendência da migração argentina com destino à outra margem do rio La Plata em busca de empregos estava em declínio. Em 2011, atingiu 60% em 2011. E em 2019 era de 25%. Já os venezuelanos, por sua vez, reduziram sua incidência neste registro devido às restrições da pandemia. Enquanto os brasileiros tiveram um pico de pedidos em 2018, com 12%, agora caíram para 10%.
De acordo com estudos elaborados pela Universidade da República sobre o impacto do trabalho estrangeiro no sistema de trabalho uruguaio, o Uruguai concluiu que essa incidência é menor e que os imigrantes não disputam vaga com os trabalhadores nativos.
Após a morte do ditador Hugo Chávez em 2013, a migração de venezuelanos para o Uruguai foi exponencial. Com mais um autoritário socialista no comando, Nicolás Maduro, a crise política, econômica e social levou muitos a emigrar para países como o Uruguai, que se caracteriza por “ser estável”.
Até 2015, era o país que “mais enviava” cidadãos ao Uruguai. A partir de 2019, com restrições de viagens devido à pandemia, os números começaram a diminuir. No entanto, segundo o jornal colombiano El Tiempo, especialistas em migração alertam que em 2021 os números da migração venezuelana podem quebrar recordes.
O Peru também entra nesses movimentos migratórios sul-americanos. Após a assunção do esquerdista Pedro Castillo à presidência, a incerteza política colocou o Uruguai na mira dos peruanos uruguaios.
O governo socialista de Castillo ainda não anunciou medidas concretas, mas diversas organizações uruguaias receberam consultas sobre mudanças de residências. Diego Tognazzolo, sócio de assessoria tributária, jurídica e contábil da PwC Uruguai, explicou ao portal iProfesional que não há um único motivo para querer sair do Peru. Mas aquele entre os principais fatores é a preocupação com possíveis restrições de capital, empresas e pessoas.
Com informações, iProfesional.