O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro (Partido Socialista Unido da Venezuela, esquerda), criticou nesta terça-feira (23) o sistema eleitoral de Brasil, Estados Unidos e Colômbia por, segundo ele, não auditarem o processo.
“Temos o melhor sistema eleitoral do mundo, com 16 auditorias”, declarou Maduro em comício. “Onde mais no mundo se faz isso? Nos Estados Unidos? O sistema eleitoral é inauditável. No Brasil? Eles não auditam um único registro. Na Colômbia? Eles não auditam um único registro”, acrescentou.
As críticas de Maduro foram feitas logo após o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ter dito que ficou ‘assustado’ com a declaração do Maduro, feita em 17 de julho, de que poderia haver um ‘banho de sangue’ caso perca as eleições na Venezuela, marcadas para domingo (28).
Lula, na verdade, estava sendo pressionado nos bastidores, visto que ainda não tinha feito nenhuma condenação pública sobre a sinalização autoritária do seu amigo político. Sob pressão, o petista resolveu falar sobre o assunto — ainda que de forma tímida e sem muitas referências.
“Quem perde as eleições toma um banho de voto. O Maduro tem que aprender, quando você ganha, você fica. Quando você perde, você vai embora”, externou Lula na segunda-feira (22). Em resposta, Nicolás Maduro reagiu: “Eu não disse mentiras. Só fiz uma reflexão. Quem se assustou que tome um chá de camomila”.