A ativista Rocío San Miguel e vários de seus familiares foram presos na Venezuela. A Procuradoria os acusa de ameaçarem a democracia por oposição a Nicolás Maduro. Eles também são acusados de um suposto plano chamado Pulseira Branca, que estaria atentando contra o Estado democrático venezuelano. Desde então, centenas de organizações civis exigem libertação imediata.
Rocío San Miguel, uma das maiores especialistas em assuntos militares da Venezuela, foi presa na última sexta-feira (9) no aeroporto internacional de Maiquetía quando estava prestes a viajar para Miami com sua filha. Somente no domingo à tarde (11), a Procuradoria Geral, controlada pelo regime de Nicolás Maduro, confirmou a prisão.
O procurador-geral Tarek William Informou que sobre Rocío pesava uma “ordem de apreensão por estar ligada e referenciada na trama conspirativa e de tentativa de magnicídio chamada Brazalete Blanco, cujo objetivo era atacar a vida do Chefe de Estado, Nicolás Maduro, e outros altos funcionários, assim como o ataque a várias unidades militares em San Cristóbal (Táchira) e outras entidades do país”, declarou.
De acordo com o jornal espanhol El País, a prisão foi efetuada pela Direção Geral de Contra-Inteligência Militar (DGCIM). Miranda, a filha de San Miguel, não foi detida imediatamente, mas no dia seguinte ela desapareceu e, até a manhã desta quarta-feira (14), não havia mais nenhuma informação sobre ela. A principal suspeita é de que ela também esteja presa.
As autoridades subordinadas a Maduro também prenderam dois dos irmãos de San Miguel, seu ex-marido Alejandro José González Canales e outros familiares, incluindo Víctor Díaz Paruta, pai de Miranda.