Josh Dean, um ex-funcionário da Spirit Aerosystems, morreu aos 45 anos de idade.
Dean foi hospitalizado para tratar de problemas respiratórios e, segundo informado, acabou contraindo uma bactéria resistente a medicamentos, evoluindo para pneumonia e sofrendo um AVC.
O ex-funcionário da Spirit AeroSystems ganhou notoriedade após revelar irregularidades na fabricação de peças para os jatos 737 Max destinados à Boeing. Sua demissão da Spirit foi seguida pelo testemunho em uma ação judicial movida por acionistas da empresa, além de uma queixa à FAA, apontando má conduta na gestão de qualidade da produção dos 737 na Spirit.
A morte de Dean é a segunda de delatores ligados à Boeing em pouco mais de um mês, após o falecimento de John Barnett em março. Barnett foi encontrado sem vida em seu caminhão, e a causa foi anunciada publicamente como um ferimento autoinfligido.
Em entrevista ao Wall Street Journal, Dean afirmou ter sido demitido pela Spirit após apontar problemas nas fuselagens dos modelos 737, abrindo uma série de discordâncias com a empresa.
Os problemas enfrentados pelo modelo 737 Max da Boeing ganharam força na imprensa depois de acidentes fatais na Indonésia e na Etiópia, 2018 e 2019, respectivamente. A empresa realizou atualizações de software, permitindo que o 737 Max retornasse aos voos nos EUA em 2020.
Um incidente recente em janeiro deste ano, onde o painel de uma porta de um Boeing 737 Max se desprendeu durante o voo, abrindo um buraco na fuselagem, voltou a abrir discussões sobre a segurança das aeronaves produzidas pela empresa.