A ministra da Justiça da Hungria, Judit Varga, afirmou que o país continuará a proteger suas próprias fronteiras e as da Europa.
Em resposta a uma decisão do Tribunal de Justiça Europeu, Varga anunciou nas redes sociais que a Corte manteve a decisão da Comissão Europeia em relação a certos elementos da lei anti-imigração ilegal em massa, chamada pelo governo de Viktor Orbán de ‘Stop Soros’ [Pare Soros].
A legislação aprovada em 2018 pelo Parlamento húngaro restringe a capacidade de ONGs, como a do globalista George Soros, e limita a influência em pedidos de asilo na Hungria.
Críticos, no entanto, argumentavam que o dispositivo ameaçava de prisão qualquer pessoa que ajudasse solicitantes de refúgio.
Em sua fala, Judit Varga disse lamentar que o tribunal da UE não tenha levado em consideração os argumentos da Hungria em defesa da lei.
“Todos nós sabemos que, para a burocracia de Bruxelas, o espinho na carne foi o fato de termos criminalizado a promoção e a facilitação da imigração ilegal, já que não queremos ONGs estrangeiras para organizar a migração ilegal para a Europa”, declarou.
“No julgamento de hoje, o Tribunal declarou o que nunca teríamos pensado: a Hungria deve praticamente apoiar o tráfico de pessoas”, criticou.
“O que acontece depois? Os Estados-Membros serão punidos simplesmente por proteger o continente da imigração em massa? Já não temos ilusões, mas uma coisa é certa: continuaremos a defender a Europa. Quer a bolha de Bruxelas goste ou não!”, finalizou a ministra da Justiça.