A República de Nauru, uma ilha no Pacífico, e Honduras reconhecem Jerusalém como a capital de Israel. O microestado e Honduras seguem países como os EUA e Guatemala que fizeram isso antes.
O Ministério das Relações Exteriores de Israel está satisfeito com as decisões e as chamou de “decisões importantes”.
Honduras reconheceu Jerusalém como capital de Israel, e hoje (30), o presidente Juan Orlando Hernandez inaugurará o escritório diplomático na capital, em visita à Israel.
“Para mim, é o reconhecimento de que Jerusalém é a capital de Israel”, disse Hernandez na terça-feira (27).
Nauru informou Israel enviando uma carta para um escritório diplomático dos EUA.
Nauru
A ilha de Nauru tem 21 quilômetros quadrados e aproximadamente 14.000 habitantes, o que faz dela o menor país insular do mundo. Ela é rica em rocha fosfática, e a sua atividade econômica primária desde 1907 foi a exportação de fosfato. Com o esgotamento de suas reservas, o governo de Nauru ordenou medidas excepcionais para obter rendimento.
Desde 2001, aceitou o apoio do governo australiano, em troca do qual a ilha acolhe um centro de detenção para pessoas que procuram asilo na Austrália, que é parte da sua “Solução Pacífica”.
Nauru possui apenas uma força policial, não tendo forças armadas, estando a sua defesa a cargo da Austrália, apesar de ter 2.542 homens disponíveis para o serviço militar.
Jerusalém
Israel considera Jerusalém como sua capital, enquanto os palestinos também reivindicam Jerusalém Oriental como sua capital.
Conquistada por Israel desde 1967, a cidade de Jerusalém, e capital do Estado Israelense, é centro de conflitos de décadas no Oriente Médio, entre israelenses e palestinos.
Posições internacionais
Em 2017, o presidente dos EUA, Donald Trump, tornou-se o primeiro líder a anunciar a intenção de seu país de reconhecer Jerusalém como capital do Estado judeu. E em maio de 2018, os EUA transferiram sua embaixada para Jerusalém.
A Guatemala seguiu os passos de Trump e transferiu também sua embaixada para Jerusalém.
Em março deste ano, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, recebeu o primeiro-ministro eslovaco, Peter Pellegrini, o primeiro-ministro checo Andrej Babis e o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbana, para anunciarem os planos da abertura de sedes com status diplomático na capital israelense Jerusalém.
O gabinete de Netanyahu divulgou um comunicado: “Depois de meses de esforços, fizemos uma conquista muito importante, já que a Hungria decidiu abrir um escritório comercial diplomático em Jerusalém. A Eslováquia também decidiu abrir um centro cultural em Jerusalém, após a República Checa anunciar a intenção de abrir uma sede checa na cidade.”
Brasil
O Brasil ainda não reconhece oficialmente Jerusalém como a capital de Israel.
No ano passado, o presidente Jair Bolsonaro anunciou sua intenção de transferir a embaixada do Brasil, de Tel Aviv para Jerusalém. O reconhecimento de Jerusalém como capital israelense é uma promessa de campanha aos seus eleitores.
O presidente Jair Bolsonaro escreveu no final de 2018 em seu Twitter: “Israel é um Estado soberano e nós o respeitamos”, reiterando seu compromisso de campanha de transferir a embaixada para Jerusalém; sendo esta, a vontade do próprio país.
Em março deste ano, foi dado o primeiro passo, quando o Brasil abriu um escritório de representação comercial na capital Jerusalém.
“O Brasil decidiu criar um escritório em Jerusalém para promover comércio, investimento, tecnologia e inovação como parte de sua embaixada em Israel”, disse o Ministério das Relações Exteriores em Brasília em um comunicado.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, comentou a decisão do Brasil na época.
“Espero, e gostaria de acreditar, que este [escritório] é o primeiro passo para a abertura da embaixada brasileira em Jerusalém, quando chegar a hora”, disse Netanyahu a repórteres.
O deputado federal Eduardo Bolsonaro disse que demorou meses para que Trump transferisse a embaixada dos EUA.
“Estamos no caminho certo”, disse Eduardo no Twitter, após a decisão da abertura do escritório do Brasil em Jerusalém.
ONU
Em resoluções da ONU, parte da comunidade internacional sustentou que o estatuto final da cidade, só poderá ser estabelecido depois de um “acordo de paz” definitivo entre palestinos e israelenses. Contrariando desta forma, a soberania do Estado de Israel.