O governo de Javier Milei tem consolidado apoio popular mesmo diante das investidas da extrema esquerda, que, com ações coordenadas, tenta travar os avanços de uma agenda política liberal, vitoriosa nas urnas por meio das eleições presidenciais.
Sem aceitar a derrota nas urnas, a esquerda tem mobilizado a militância para encher as ruas do país, buscando criar uma visão midiática de que, apesar da vitória de Milei, suas políticas não representam a vontade popular, o que, segundo análise, não reflete a realidade.
Além disso, a extrema esquerda tem acionado sindicatos em todo o país para se opor a Milei, incentivando atos radicais, como o bloqueio de avenidas, uma prática que visa tumultuar o cenário político. Os bloqueios, cientes de que a livre manifestação de pensamento e protesto é um direito democrático, contrastam com as principais constituições democráticas, que não concedem aval ao fechamento do direito do cidadão de ir e vir.
Em meio ao embate da oposição, uma pesquisa conduzida pela consultora Zuban Córdoba mostra números significativos em apoio às medidas do governo. Segundo o estudo, 78,8% dos argentinos avaliam que o ajuste fiscal irá, de ímpeto, prejudicá-los pessoalmente, mas ao mesmo, 71,3% expressaram apoio ao primeiro decreto de emergência apresentado pelo Poder Executivo.
25,4% esperam resultados positivos para a economia em um período de um a dois meses, 29,6% em dois a seis meses, enquanto 28% dizem que as ações devem surtir efeitos em seis meses a um ano.
Outras propostas do governo também foram avaliadas na pesquisa, com posições variadas da opinião pública. A privatização da televisão pública e da rádio nacional conta com o apoio de 47,1%, enquanto 41% se mostram contra. A redução do número de ministérios recebe apoio de 55,3%, com 21,3% contrários. Já a reforma do sistema trabalhista, crava 40% da população a favor e 35,9% contra.
O levantamento ouviu 1.031 pessoas entre os dias 09 e 27 de novembro, usando a abordagem CATI (entrevista telefônica assistida por computador), com margem de erro de 3,1 pontos percentuais para um nível de confiança de 95%.