Nicolas Maduro segue dando ordens para que todos os diplomatas dos EUA deixem a Venezuela.
Ocorre que o governo Americano deu ordem contrária a seus funcionários: O secretário de Estado Americano Pompeo disse aos diplomatas para ficarem na Venezuela porque os EUA não reconhecem Maduro como presidente, mas sim Juan Guaidó, como presidente interino. Brasil, Canadá e outros países já reconheceram a legitimidade do pleito de Guaidó.
Sobre o assunto, dr. Marc Siegel* escreveu um artigo de opinião inspirador para Fox News, que contém informações valiosas sobre a condição venezuelana, e que ajudam a compreender o cenário político e social atual em que a Venezuela está inserida.
O médico relata que nesta semana ainda procurou Isaias Medina III – advogado internacional, ativista humanitário, ex-diplomata venezuelano nas Nações Unidas, e um dos primeiros a renunciar em repúdio às políticas de Maduro – para uma conversa. Nela, Medina lhe disse que:
“A crise humanitária induzida por Maduro, por meio do uso de inanição e escassez de assistência médica como armas para permanecer no poder, tira a vida de centenas de vítimas diariamente e causou o deslocamento forçado de mais de 3 milhões de pessoas. Na Venezuela, se você não tem um cartão socialista do apartheid do século XXI, você está condenado ao corredor da morte”.
Hugo Chávez, eleito presidente da Venezuela em 1998, prometeu assistência médica gratuita para todos. Mas o que a Venezuela recebeu de fato foi a chegada de uma crise de saúde que, sob Nicolas Maduro, presidente que sucedeu Chávez em 2013, virou uma crise humanitária de grande escala.
Dr. Siegel diz em seu artigo que:
“De acordo com a Sociedade Venezuelana de Pediatria e Puericultura, 80% das crianças menores de 5 anos estão em algum estado de desnutrição. A organização Caritas internacional relatou um número de mortes neonatais de 11.400 crianças só em 2016. A Federação Farmacêutica da Venezuela relatou uma escassez de medicamentos de 85% e, de acordo com a Federação Médica Venezuelana, 328.000 venezuelanos morrem a cada ano por causa da falta de medicamentos.
Malária, tuberculose e HIV estão ressurgindo por causa das más condições e falta de tratamentos. A ex-ministra da Saúde, Antonia Caporale, publicou mais de 240 mil casos de malária em 2016 e triplicou os casos de tuberculose para 7.278 em 2015 – números que ajudaram a sua remoção imediata do cargo. A Caritas concluiu que 82% da população está empobrecida, com 15 milhões em extrema pobreza. Dos 23 milhões de venezuelanos, 4,5 milhões estão comendo uma refeição por dia ou menos, e mais de 3 milhões comem lixo.
Em razão de toda a escassez e das horríveis condições e de pobreza, profissionais da saúde estão escapando do país. 13.000 médicos fugiram da Venezuela nos últimos quatro anos. “
Dr. Marc Siegel conclui seu artigo para Fox News com a seguinte reflexão:
“O que deveria ser feito? Com Maduro recusando a ajuda humanitária de outros países enquanto ao mesmo tempo estrangula seu próprio povo, é claro que ele deve ser removido do poder. Como médico, geralmente sou pacifista. Mas neste caso, observar o status quo poderia levar a milhões de mortes. A intervenção militar internacional pode ser necessária para salvar vidas.”
Segundo dr. Siegel, a hora para se agir sobre a Venezuela é agora. Ele até menciona Trump, cuja promessa de que vai “usar todo o peso do poder econômico e diplomático dos Estados Unidos para pressionar pela restauração da democracia venezuelana” representa um alento para a nação tão sofrida.
Opinião
É difícil discordar do que diz o médico em seu artigo, a não ser que você seja Gleisi Hoffman, presidente do PT, que compareceu à posse de Maduro, após eleição fraudulenta, e recentemente gravou vídeos reconhecendo Maduro como presidente publicamente.
Ainda bem que para nosso novo governo e sua política externa, a opinião da deputada federal eleita não significa absolutamente nada.
A dor do povo Venezuelano em razão de anos de maus tratos e sofrimento, fruto do governo socialista e ditatorial que o assolou pode estar chegando ao fim – mas ainda é só o começo.
Que Deus abençoe nossos irmãos venezuelanos.
* Marc Siegel é um médico americano, professor associado de medicina no NYU Langone Medical Center e correspondente médico da Fox News desde 2008.
Com informações, Fox News