Os Estados Unidos criticaram o Brasil nesta última segunda-feira (17) após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmar que o Ocidente e a Casa Branca estariam prolongando a guerra na Ucrânia.
O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos EUA, John Kirby, afirmou em entrevista coletiva que o petista “repete a propaganda russa e chinesa igual um papagaio sem olhar para os fatos”. Segundo ele, os comentários do mandatário brasileiro “foram equivocados”.
Kirby acrescentou que os EUA “obviamente” querem acabar com o conflito e que isso seria possível caso “Putin parasse de atacar a Ucrânia e retirasse suas tropas” do país europeu.
Ainda conforme a fala do porta-voz da Casa Branca, as declarações de Lula são “profundamente problemáticas” e “simplesmente equivocadas”. O americano comentava sobre a possibilidade de a Ucrânia ceder o território da Crimeia para Rússia, uma sugestão feita pelo petista nos últimos dias.
“Os comentários mais recentes do Brasil de que a Ucrânia deveria considerar ceder formalmente a Crimeia como uma concessão de paz são simplesmente equivocados, especialmente para um país como o Brasil, que votou para defender os princípios de soberania e integridade territorial [na ONU]”, disse Kirby.
A votação ao qual o porta-voz se refere aconteceu em 2022, durante o mandato de Jair Bolsonaro (PL), quando o Brasil condenou a invasão russa no território ucraniano no âmbito da Organização das Nações Unidas (ONU).
“Não é verdade que os Estados Unidos e a União Europeia estão ajudando a prolongar o conflito. Nós oferecemos inúmeras possibilidades à Rússia de um acordo de negociação em termos civilizados”, completou Kirby ao rebater acusações do presidente brasileiro ao Ocidente.