A polícia iraniana fechou mais de 500 restaurantes e cafés em Teerã por não observarem “princípios islâmicos”, incluindo a modéstia, anunciou o chefe de polícia da capital no sábado.
“Os proprietários de restaurantes e cafés nos quais os princípios islâmicos não foram observados foram confrontados e, durante essa operação, 547 empresas foram fechadas e 11 infratores foram presos”, disse Hossein Rahimi em comunicado no sábado, como informou a AFP.
As violações incluíram “publicidade não convencional no ciberespaço, tocando música ilegal e devassidão”, segundo a agência de notícias Fars, que acrescentou que a operação foi realizada nos últimos dez.
As mulheres no Irã são obrigadas a vestirem-se com modéstia e sob o código de vestimenta islâmico, elas podem mostrar apenas seus rostos, mãos e pés em público e não podem usar cores ousadas. O álcool também é proibido no Irã.
O chefe de polícia teria dito que a observação dos princípios islâmicos era “uma das principais missões e responsabilidades da polícia”.
Os cidadãos de Teerã foram encorajados no sábado a relatar casos de “comportamento imoral” enviando mensagens de texto para um número específico de telefone configurado para responder a esses crimes. O chefe do tribunal de orientação de Teerã, que lida com “crimes culturais e corrupção moral e social”, fez um pedido para que as pessoas denunciem as violações.
“Decidimos acelerar a lidar com casos de atos imorais públicos”, disse Mohammad Mehdi Hajmohammadi ao Mizan Online, do Judiciário.
Ele acrescentou que o cidadãos podem relatar casos de pessoas removendo seu “hijab em carros”, “festas com músicas mixadas” e postando “conteúdo imoral no Instagram”.
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