María Corina Machado, principal opositora do ditador Nicolás Maduro, expressou críticas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por evitar comentar sobre sua inabilitação na Venezuela na semana passada.
Ela, que estava em campanha para concorrer à presidência do país vizinho, foi declarada inelegível por um período de 15 anos em um processo cheio de suspeitas e aparentes irregularidades.
Em uma entrevista ao jornal O Globo, publicada nesta quarta (5), Corina Machado afirma que a postura do mandatário brasileiro prejudica a credibilidade do Brasil em seu potencial papel como mediador nas negociações entre a ditadura de Maduro e a oposição.
A líder oposicionista prometeu recorrer da decisão dentro e fora do país e tem recebido o apoio de vários países, incluindo Estados Unidos, Reino Unido, Canadá, Chile, União Europeia e mais de 30 ex-presidentes da região.
Segundo ela, independentemente de motivos ideológicos ou projetos em comum, a posição de Lula é “inaceitável” neste estágio do jogo, especialmente considerando que 25% da população venezuelana fugiu e está espalhada pelo mundo, incluindo milhares no Brasil.
Corina Machado ressaltou que o chavismo não está disposto a fazer concessões significativas e que o regime não está disposto a ceder em questões que poderiam resultar em perda de poder, como disputar uma eleição contra ela, por exemplo.