Vários partidos holandeses, incluindo os de direita, relataram que seus sites oficiais ficaram inacessíveis nesta quinta-feira (6), após serem alvo de ataques cibernéticos. O incidente coincidiu com o dia em que a Holanda vota para eleger seus representantes no Parlamento Europeu, prejudicando o acesso às informações sobre os candidatos e suas propostas.
O partido democrata-cristão CDA informou que seu site ficou temporariamente fora do ar devido a “um forte ataque DDoS” (ataque de negação de serviço distribuído).
“No dia das eleições, consideramos isto um ataque às eleições livres e democráticas. Nós o denunciamos às autoridades competentes”, disse o CDA em um tweet.
O site do Partido pela Liberdade (PVV), liderado pelo direitista Geert Wilders, também ficou fora de serviço, assim como o do Fórum para a Democracia (FvD), cujo líder, Thierry Baudet, questionou o envolvimento da Rússia nos ataques. “Toda a equipe está trabalhando horas extras para repelir o ataque”, destacou Baudet.
Um grupo de hackers pró-Rússia conhecido como Hacknet distribuiu uma mensagem na rede Telegram afirmando estar por trás de vários ataques cibernéticos a partidos políticos holandeses, incluindo o CDA, o PVV, o FvD e o partido calvinista SGP. Na mensagem, os hackers declararam: “Continuaremos os ataques aos sites da Holanda e dos seus partidos”.
Os ataques DDoS têm como objetivo sobrecarregar os servidores de computador para que não consigam lidar com o tráfego normal da internet, tornando-os inacessíveis. Este é um problema significativo para os eleitores holandeses, que buscam informações sobre os candidatos ao Parlamento Europeu e suas posições sobre questões de interesse.
A Holanda e a Estônia iniciaram hoje as eleições para o Parlamento Europeu, marcando o início da votação que ocorrerá nos 27 países-membros da União Europeia até domingo.
Na Holanda, os centros de votação ficarão abertos até às 21h (horário local, 16h de Brasília), e o país elegerá 31 dos 751 representantes do Parlamento Europeu.
As últimas pesquisas mostram um cenário acirrado entre o partido de direita PVV, liderado por Geert Wilders, e a coalizão de esquerda formada pelos verdes e social-democratas (GL-PvdA), encabeçada por Frans Timmermans. Ambas as forças políticas estão projetadas para conquistar oito assentos cada.