O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, pediu mais uma vez neste domingo (18) que o Talibã permita o retorno das meninas à escola. No Afeganistão, garotas acima de 11 anos foram impedidas de estudar em 2021.
“Este domingo assinala-se um ano desde que as meninas foram proibidas de ir à escola no Afeganistão. Um ano de conhecimento e de oportunidades perdidas que nunca mais voltarão”, lamentou Guterres em uma publicação nas redes sociais.
Conforme noticiado por este jornal digital, os talibãs voltaram ao poder no ano passado, duas décadas depois que o seu primeiro governo foi derrubado pelos Estados Unidos após dar abrigo a Osama bin Laden, chefe da rede terrorista al-Qaeda.
Como justificativa para proibir o acesso do público feminino à educação, o regime alegou que precisava de tempo para garantir que as jovens com idades entre 12 e 19 anos permaneceriam bem separadas dos garotos e que os estabelecimentos de ensino fossem administrados de acordo com os princípios islâmicos.
“Não abrimos as escolas para agradar a comunidade internacional ou para obter o reconhecimento do mundo”, afirmou, na ocasião, o porta-voz Ahmad Rayan.
Logo após tomarem o poder em Cabul, os extremistas excluíram as moças dos empregos públicos, determinaram novas regras na forma de vestir e impediram mulheres de viajar sozinhas para fora de suas cidades.