A China autorizou, nesta sexta-feira (20), que cada casal no país poderá ter até três filhos. A nova regra flexibiliza ainda mais a política do filho único, que em 2016 já havia sofrido mudanças a fim de autorizar o nascimento de um segundo filho.
O governo afirma que a decisão foi tomada após dados internos apontarem que a taxa de natalidade no país vem caindo desde 2017. A decisão foi anunciada em maio deste ano por Xi Jinping, mas somente hoje foi aprovada no Congresso Nacional do Povo a lei que formaliza a aplicação da nova política familiar.
O país comunista tem uma população de 1,4 bilhão de habitantes, segundo resultados do censo realizado em 2020. Em comparação ao levantamento feito em 2010, a população cresceu 5,38% (72 milhões de habitantes), de acordo com o Departamento Nacional de Estatísticas.
Na década de 70, a China implementou a política de filho único com a justificativa de desacelerar o crescimento populacional. Quem violasse essa política seria multado, ou a mãe obrigada a abortar.
O governo chinês aposta fortemente nos meios de comunicação do Estado para que a mensagem da política dos três filhos seja bem-sucedida. O jornal People’s Daily, a emissora CCTV e a agência de notícias Xinhua publicam imagens de desenhos animados com crianças felizes, afirmando que a “nova política chegou”.