Refugiados sírios cristãos disseram que foram impedidos de obter ajuda da Agência das Nações Unidas para os Refugiados, a ACNUR, por funcionários muçulmanos da ONU na Jordânia, informou a CBN News.
Um dos refugiados, Hassan, um sírio convertido ao cristianismo, disse em um telefonema à CBN News que “os funcionários muçulmanos do campo da ONU sabiam que éramos muçulmanos e nos tornamos cristãos e eles lidavam conosco com perseguição e zombaria. Eles não nos deixaram entrar no escritório. Eles ignoraram nosso pedido”.
Hassan e sua família estão agora escondidos, com medo de serem presos pela polícia jordaniana ou até mesmo de serem mortos. A conversão ao cristianismo é um crime grave na Jordânia.
Esse é um padrão claro de discriminação por parte da Agência de Refugiados das Nações Unidas (ACNUR) na Jordânia contra os cristãos. E parece ser uma das razões pelas quais, embora dezenas de milhares de refugiados muçulmanos sírios tenham sido assentados nos Estados Unidos e na Grã-Bretanha, apenas um pequeno número é cristão.
E governos que poderiam impedir essa perseguição de refugiados cristãos – como os EUA, a Grã-Bretanha e outros países europeus – pouco ou nada fazem a respeito.
“Basta!”
O ex-Arcebispo da Cantuária, líder espiritual e chefe da Igreja Anglicana, Lord George Carey está processando o escritório da Grã-Bretanha alegando que autoridades “politicamente corretas” foram “institucionalmente tendenciosas” contra refugiados cristãos. Ele também quer descobrir por que dos 60 mil refugiados de guerra sírios aceitos nos Estados Unidos e na Grã-Bretanha em 2014, quase nenhum era cristão.
O advogado de Lord Carey, Paul Diamond, explicou o caso.
“Você tem essa situação absurda em que o esquema é estabelecido para ajudar os refugiados sírios e as pessoas mais necessitadas, os cristãos que foram ‘genocidados’. Eles nem conseguem entrar nos campos da ONU para conseguir comida. Se você entrar e se for cristão ou convertido, os guardas muçulmanos da ONU o impedirão de entrar e rirão de você, zombarão de você e irão até te ameaçar”, disse Diamond.
Outro refugiado sírio, Timothy, disse que se tornou cristão depois de ver Jesus em um sonho. Ele disse que também foi impedido de entrar em um campo de refugiados por funcionários muçulmanos da ONU.
“Todos os funcionários das Nações Unidas, a maioria deles, 99%, são muçulmanos. E estavam nos tratando como inimigos”, explicou Timothy da Jordânia.
Segundo o advogado Diamond, as autoridades muçulmanas sunitas bloquearam o caminho.
“Eles riram, ameaçaram e disseram: ‘Você não deveria ter se convertido. Você é um idiota por se converter. Você está recebendo o que merece’. Essas são as palavras usadas pelos funcionários muçulmanos”, disse Diamond à CBN News.
O ex-acerbispo Carey disse que, ao não fazer nada, os governos ocidentais são cúmplices no que chama de “a crucificação constante dos cristãos do Oriente Médio”.
“E nenhuma simples medida é tomada pelo governo britânico e americano. Seria simples abrir um campo de refugiados para minorias religiosas, para cristãos, yazidis, sejam eles quais forem, e estariam seguros. Mas ninguém faz isso”, disse Diamond.
Nações como a Suécia deportam refugiados cristãos
Os refugiados cristãos que chegaram aos países ocidentais estão cada vez mais sendo deportados de volta para os países muçulmanos, sem levar em consideração o perigo que enfrentarão.
O advogado sueco Gabriel Donner, que representa requerentes de asilo cristãos, disse que a Suécia está deportando até um terço dos refugiados cristãos de volta para países muçulmanos, onde é provável que eles sejam presos ou mortos.
Um desses refugiados cristãos, que agora enfrenta deportação iminente, é Iman Amir-Ourang, do Irã. Ele disse que as autoridades suecas não se preocuparam com o corpo disponível de fatos indicando as consequências da deportação de um cristão a um país islâmico como o Irã.
“Existem tantos ateus vivendo na Suécia, então eles não podem acreditar em alguém que acredita em Deus. Então, só porque eles não acreditam em nosso Senhor, eles não confiam em mais ninguém que acredita no Senhor também”, disse Amir-Ourang à CBN News.
“Eles não entendem a mensagem da Bíblia. É completamente estranha para eles”, acrescentou o advogado Donner, se referindo ao governo sueco.
Por outro lado, a Grã-Bretanha, que ignora refugiados cristãos, recebe crianças do Estado Islâmico.
Em 2017, o presidente Trump disse à CBN News que os refugiados cristãos teriam prioridade. Mas os governos muçulmanos classificam oficialmente os cristãos como ameaças à segurança, fazendo com que seus pedidos de asilo nos países ocidentais sejam rejeitados.
O ex-acerbispo Lord Carey apelou publicamente por recurso financeiro em seu processo contra o escritório britânico, que já ameaçou o membro da igreja de 84 anos com todos os custos judiciais se ele perder.
Enquanto isso, o escritório da Grã-Bretanha e outros países da Europa estão gastando muito tempo e dinheiro com o reassentamento dos filhos de terroristas do Estado Islâmico.