Depois de uma batalha judicial que durou vários anos, o evangelista Franklin Graham ganhou um caso importante pela liberdade religiosa no Reino Unido, informou o site CBN News. A juíza do Tribunal do Condado de Manchester, Claire Evans, decidiu que o evento cristão ‘Lancashire Festival of Hope’ (Festival da Esperança de Lancashire) de 2018, com a participação de Graham, foi discriminado quando os anúncios promovendo a atração foram retirados dos ônibus em Blackpool, na Inglaterra, em um esforço para proibir o evangelista de pregar.
Durante setembro de 2018, o Conselho de Blackpool Borough e a empresa de transporte Blackpool Transport Services Limited removeram anúncios de ônibus exibindo as palavras “Time for Hope” (Tempo de Esperança), justificando que membros da comunidade reclamaram da associação de Graham com o festival. A empresa de transporte disse ter recebido comentários de membros da comunidade que estavam preocupados com as crenças religiosas do evangelista sobre casamento e sexualidade.
De acordo com os documentos do tribunal, as queixas referiam-se aos pontos de vista bíblicos de Graham sobre questões LGBT, como o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Alguns o acusaram falsamente de ‘discurso de ódio’ ou de ser ‘racista’.
Jane Cole, diretora administrativa da Blackpool Transport, disse: “A remoção desses anúncios é o resultado de ouvirmos e agirmos de acordo com os comentários do cliente e do público, o que pretendemos fazer em todos os momentos. A Blackpool Transport é uma orgulhosa apoiadora contínuo do ‘Orgulho Gay’ e das Comunidades LGBT+ e de forma alguma tínhamos a intenção de causar qualquer angústia ou transtorno”.
Depois que a decisão foi anunciada, outras reclamações foram feitas sobre a remoção dos anúncios por membros do público que viram a ação como preconceito contra os cristãos, censura e restrição à liberdade de expressão e religiosa.
O tribunal então concluiu que os próprios anúncios eram inofensivos e que a empresa de transporte realmente violou o Ato de Igualdade do Reino Unido de 2010. A lei proíbe a discriminação contra qualquer pessoa por causa de religião ou crença.
A juíza Evans decidiu “esmagadoramente a favor” do Festival da Esperança de Lancashire, apontando que Blackpool “desprezou por completo” o direito do Festival à liberdade de expressão. Ao mesmo tempo, priorizou os direitos e as opiniões dos membros da comunidade LGBT.
“Agradecemos a Deus por esta decisão porque é uma vitória para todos os cristãos no Reino Unido”, comentou Franklin Graham.
Apesar da remoção dos anúncios, o Festival de Esperança de Lancashire, com Franklin, reuniu 9.000 pessoas em Blackpool, obteve mais de 50.000 visualizações online em todo o mundo e houve mais de 400 pessoas entregando suas vidas a Cristo.
“É um dia significativo para a liberdade religiosa e liberdade de expressão”, afirmou James Barrett, presidente do Conselho de Diretores da Associação Evangelística Billy Graham, do Reino Unido. “O tribunal, neste caso, reconheceu que o Conselho de Blackpool se preocupou mais em não desagradar a comunidade LGBTQ do que em defender os direitos das igrejas locais de anunciar um festival cristão de esperança.”
Ele acrescentou: “A juíza resumiu melhor em sua decisão quando disse: ‘Esta é a antítese da maneira como uma autoridade pública deve se comportar em uma sociedade democrática’. Agradeço que os tribunais tenham mais uma vez reiterado que a liberdade de falar apenas o que não é ofensivo não é liberdade de expressão de forma alguma.”
A batalha de Franklin Graham pela liberdade religiosa está longe de terminar no Reino Unido. Antes da pandemia começar, em 2020, vários locais no país haviam discriminado Graham, quebrando seus contratos com ele e recusando-se a permitir que o líder religioso realizasse festivais evangelísticos por causa de suas crenças bíblicas sobre sexualidade. A Associação Evangelística Billy Graham tem lutado contra essa discriminação religiosa nos tribunais.