O papa Francisco afirmou nesta terça-feira (3), em entrevista ao jornal italiano Corriere Della Sera, que solicitou uma reunião em Moscou com o presidente russo, Vladimir Putin, para tentar uma solução para a guerra na Ucrânia, mas não obteve nenhum retorno.
O pontífice também declarou que o patriarca Kirill, da Igreja Ortodoxa Russa, que deu apoio ao conflito, “não pode se tornar coroinha de Putin”.
O líder máximo do catolicismo disse que, cerca de três semanas após o início da invasão, pediu ao principal diplomata do Vaticano que enviasse uma mensagem ao governo da Rússia.
“[A mensagem era que] eu estava disposto a ir a Moscou. Certamente, era necessário que o líder do Kremlin permitisse uma abertura. Ainda não recebemos uma resposta e continuamos insistindo”, contou.
“Eu temo que Putin não possa e não queira ter essa reunião neste momento. Mas como você pode não parar com tanta brutalidade?”, acrescentou.
Questionado sobre uma viagem à capital ucraniana, Kiev, que Francisco citou no mês passado como possibilidade, o religioso respondeu que não iria por enquanto.
“Primeiro, tenho que ir a Moscou, primeiro tenho que encontrar Putin. Faço o que posso. Se Putin ao menos abrir uma porta”, avaliou.