As Forças de Defesa de Israel (FDI) tomaram uma medida drástica na cidade de Huwara, no norte da Cisjordânia, ao demolir uma pizzaria na última quinta-feira (12). Essa ação veio como resposta a uma polêmica publicação nas redes sociais feita pela pizzaria, que incluía a imagem de uma idosa israelense, apontada como sobrevivente do Holocausto, que foi feita refém pelos terroristas do Hamas em Gaza.
O anúncio, divulgado na página do Facebook do estabelecimento, mostrava uma foto da idosa israelense detida pelos palestinos, que fazia um sinal forçado de ‘vitória’. Na montagem, ela estava ligada a uma pizza. Uma mensagem na publicação dava boas-vindas aos clientes e era acompanhada por muitos emojis sorridentes.
Os colonos locais ficaram sabendo da publicação e começaram a se reunir em torno da loja, pedindo sua demolição. As FDI logo chegaram ao local, e a decisão foi tomada para desmantelar o estabelecimento. Uma escavadeira foi usada para demolir completamente a estrutura da pizzaria, e posteriormente, o local foi selado e considerado inacessível.
Segundo informações do Canal 12, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu esteve pessoalmente envolvido na ação. O chefe do Comando Central, Yehuda Fox, emitiu uma ordem militar ordenando o fechamento do empreendimento, alegando incitação e apoio a atividades terroristas. Além disso, o proprietário da pizzaria foi detido, de acordo com os relatos da mídia hebraica.
Em resposta a essa situação, a empresa divulgou um pedido de desculpas, alegando que outra pessoa havia feito a publicação sem seu conhecimento, com o intuito de prejudicar o estabelecimento. O comunicado destacou que eles são contrários a prejudicar qualquer pessoa e que buscam apenas ganhar a vida com dignidade, convivendo pacificamente com todos. A nota ainda expressou pesar pelos membros da família e outras pessoas que foram afetadas por esse episódio.