O Fundo Monetário Internacional (FMI) ainda não revisou suas previsões econômicas para a Argentina, em meio às negociações sobre o programa de apoio ao governo de Javier Milei.
O último relatório do FMI, divulgado em julho, projetava uma retração de 3,5% no Produto Interno Bruto (PIB) argentino em 2024. No entanto, para 2025, a estimativa era de um crescimento de 5%.
“Nossas projeções para a Argentina não foram atualizadas desde julho, e a razão para isso é porque há discussões em andamento sobre o programa entre as autoridades e o Fundo”, explicou Pierre-Olivier Gourinchas, economista-chefe do FMI, em coletiva nesta terça-feira (22).
Mesmo assim, Gourinchas destacou o “progresso significativo” que a Argentina fez no controle da inflação. “Atualmente, a inflação mensal está em torno de 3,5%, bem abaixo dos 25% registrados em dezembro do ano passado”, reconheceu ele.
O especialista também ressaltou que, apesar da contração econômica no primeiro semestre, há expectativa de melhora com as medidas econômicas em andamento no país.
Embora a situação econômica do país seja “difícil”, o FMI continua discutindo com o governo argentino o melhor caminho a seguir. “Não posso dar uma atualização porque não temos até agora, mas há sinais de que há uma recuperação nos salários reais, no crédito privado e na atividade”, concluiu Gourinchas.